No primeiro bimestre de 2007, o Rio Grande do Sul ficou entre os Estados que mais destinaram embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil, com 240 toneladas de recipientes processados, provenientes das unidades de recebimento do Estado, número que representa 8% do total destinado pelo país e 0,6% maior se comparado com o mesmo período do ano anterior (239 toneladas destinadas entre janeiro e fevereiro de 2006).
Os resultados que classificam o Estado entre os que mais destinam embalagens são fruto do trabalho contínuo de agricultores, fabricantes (representados pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – inpEV), canais de distribuição, cooperativas e poder público, em prol do meio ambiente e em conformidade com a Lei Federal 9.974/00, que distribui a cada um desses agentes uma parcela de responsabilidade.
O poder público no Estado é representado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), entidade responsável pelo licenciamento do sistema. Um
importante parceiro no Rio Grande do Sul é o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar) que multiplica o conhecimento sobre os procedimentos corretos sobre a lavagem e devolução das embalagens entre os agricultores.
A estrutura de recebimento de embalagens do Estado possui oito centrais (localizadas nos municípios de Alegrete, Cachoeira do Sul, Capão do Leão,
Dom Pedrito, Giruá, Passo Fundo, São Luis Gonzaga e Vacaria) e 23 postos,
todos com licença ambiental para funcionamento.
Primeiro bimestre positivo
Nos meses de janeiro e fevereiro, o volume de embalagens vazias de defensivos
agrícolas destinadas no Brasil também foi maior em relação ao mesmo
período de 2006. Foram devolvidas 2.981 toneladas de recipientes, o que representa 19,8% de crescimento (nos dois primeiros meses de 2006 foram destinadas 2.489 toneladas).
Outros Estados apresentaram crescimento se comparados os primeiros bimestres de 2006 e de 2007:
Bahia - 58,6% - em fev/06: 143 toneladas; em fev/07: 226 toneladas. Goiás - 121,6%; em fev/06: 125 toneladas; em fev/07: 278 toneladas. Maranhão - 402%; em fev/06: 7 toneladas; em fev/07: 37 toneladas. Mato Grosso - 37,9%; em fev/06: 560 toneladas; em fev/07: 772 toneladas. Mato Grosso do Sul - 21,5%; em fev/06: 191 toneladas; em fev/07: 232 toneladas. Minas Gerais: 9,3%; em fev/06: 269 toneladas; em fev/07: 294 toneladas. Paraná: 10,9%; em fev/06: 324 toneladas; em fev/07: 360 toneladas. Santa Catarina: 53,8%; em fev/06: 49 toneladas; em fev/07: 75 toneladas. Brasil: 19,8%; em fev/06: 2.489 toneladas; em fev/07: 2.981.
Mais informações sobre o inpEV e o Sistema de Destinação Final de Embalagens
Vazias estão disponíveis no
Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002.
A lei atribui a cada elo da cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, canais de distribuição e órgãos governamentais) responsabilidades que possibilitam o funcionamento do Sistema de Destinação de Embalagens
Vazias. O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, conta com 66 empresas e sete entidades de classe do setor como associadas.
(Por Maria Selma dos Santos, LVBA, 19/03/2007)