Presidente da VCP afirma que assentados estão rigorosamente dentro da lei
2007-03-19
Os assentados que participam do projeto Poupança Florestal estão rigorosamente dentro da lei. Não é ilegal cultivar árvores de qualquer espécie. Nenhum dos assentados ou pequenos produtores tem mais do que 20% da sua propriedade com plantio de eucaliptos e não há qualquer desvio do padrão de cultura da região”. A declaração é de José Luciano Penido, presidente da Votorantim Celulose e Papel – VCP , em entrevista coletiva concedida em 15/3 em Porto Alegre. Segundo ele, o episódio de 14 de março, ocorrido em Pedro Osório, no qual foram arrancadas mudas de eucaliptos de assentamentos, foi resultado de “ameaças de autoridades constituídas do Rio Grande do Sul”, enviadas por meio de cartas aos produtores, “com uma interpretação além da lei”. Estes documentos assustaram os assentados que, sem real conhecimento dos seus direitos, acharam que poderiam perder suas terras.
As cartas, cujas cópias foram distribuídas entre os jornalistas da coletiva, eram provenientes da Superintendência Regional do Incra e afirmavam que o “plantio de árvores exóticas” levaria à retomada dos lotes. Penido enfatizou que a VCP é a única empresa florestal do Brasil que estabeleceu um programa de diálogo e viabilidade econômica para os assentados por meio da criação e implementação de um projeto que é notadamente de inserção social. “Não há nenhum projeto nosso que não tenha sido licenciado pela Fepam.
E é preciso registrar que a nossa proposta é para todos os produtores rurais, sem distinção. O projeto da VCP, que conta com a participação da Emater e do Banco Real, contempla um contrato de compra e venda de madeira”, esclareceu.
Embora os últimos acontecimentos tenham surpreendido negativamente a VCP, o executivo garantiu que o Poupança Florestal é um projeto definitivo para o Rio Grande do Sul por sua conotação de inclusão social, paz e concórdia.
(Jornal Minuano, 19/03/2007)
http://www.jornalminuano.com.br/noticia.php?id=14152