Fazer uma faxina no bairro Itararé ganhou um novo significado para os moradores no último sábado. Em vez de detergente e
esponja, eles se equiparam com muita boa vontade para juntar o lixo acumulado na área da linha férrea, na Rua Euclides da
Cunha. Roupas velhas, um colchão e até um vaso sanitário quebrado foram retirados do local.
O mutirão, que recolheu quase duas toneladas de sujeira, foi promovido pela Secretaria Municipal de Proteção Ambiental, com
apoio da América Latina Logística (ALL), a partir de uma queixa apresentada na última reunião do Conselho Municipal do Meio
Ambiente (Condema). Os moradores estavam cansados de ter de conviver com o mau cheiro.
A aposentada Maria Martins da Silva, 62 anos, foi uma das moradoras que participou da limpeza. Ela mora ao lado da ponte e
conta que a presença de ratos não é novidade na vizinhança:
- É uma vergonha isso aqui. Vejo gente chegar de carro, só para despejar cachorro morto e lixo debaixo da ponte. Como podem
existir pessoas tão relaxadas assim?
Os moradores estavam convocados para o mutirão desde a última terça-feira, pela Secretaria de Proteção Ambiental. O lixo
recolhido foi transportado até o aterro sanitário. A promessa é fazer a limpeza de toda a linha férrea até o Km 3, mas não há
prazo para a tarefa terminar, já que os trabalhos dependem dos horários de funcionamento dos trens que passam pela
linha.
- Vamos avaliar toda a extensão da linha até o Km 3 para ver o acúmulo de sujeira e estudar como será feita a limpeza - diz
Margarete da Silva, funcionária da secretaria.
Para fazer um mutirão
- O ideal é que um representante da comunidade vá até a Secretaria de Proteção Ambiental para explicar as condições do local.
A partir daí, fiscais farão uma análise. Se comprovada a necessidade, o mutirão é organizado.
(
Diário de Santa Maria, 19/03/2007)