O Greenpeace exigiu nesta sexta-feira (16/03), aos ministros do Meio Ambiente do Grupo dos Oito (G8, os sete países mais industrializados e a Rússia) que dê fim à retórica sobre a mudança climática e comece a demonstrar com atos concretos que está interessado no futuro do planeta.

"G8, pare de falar, atue agora", dizia um cartaz escrito em inglês que o Greenpeace exibia em um navio que chegou sobre as águas do Jungfernsee até muito perto do castelo de Cecilienhof, na cidade alemã de Potsdam, onde ocorre uma reunião ministerial a convite da a Alemanha. Além disso, oito nadadores exibiram o mesmo texto, no idioma de cada um dos oito ministros do G8. Outros seis nadadores se propuseram a entregar um pedido aos representantes do grupo.

"(O presidente americano George W.) Bush e companhia traíram até agora a proteção do clima. Temos um máximo de 13 anos para evitar as conseqüências mais graves da mudança climática, mas não se vê no horizonte que se vá dar um grande passo para buscar uma solução", disse o especialista em meio ambiente do Greenpeace Jörg Feddern.

Feddern ressaltou que, apesar dos compromissos internacionais, as emissões de gases causadores do efeito estufa continuam aumentando e, por isso, exige que na conferência de Potsdam se chegue a um compromisso para reduzi-las em 30% até 2020. Em declarações prévias, o anfitrião do encontro de Potsdam, o ministro alemão Sigmar Gabriel deu razão aos que dizem que se está avançando muito devagar - levando em conta a dimensão da ameaça -, mas assinalou que a via de negociação é lenta e a única possível.

Pela primeira vez, além dos ministros do G8, participam do encontro de Potsdam representantes dos cinco países de maior destaque no cenário internacional: Brasil, México, China, Índia e África do Sul. Além do tema da mudança climática, a reunião trata da proteção da biodiversidade.
(Efe, 17/03/2007)
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