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2007-03-16
Faltou empenho das lideranças locais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para atuar no processo de conscientização dos assentados. Foi assim que o líder Adelar Pretto explicou ontem (15/3) à tarde o fato de mais de cem famílias da região terem aceitado produzir eucaliptos à Votorantim Celulose e Papel (VCP), enquanto o MST bate forte na bandeira do deserto verde e inclusive exibe vídeos de estados como Bahia e Espírito Santo, em que o plantio teria provocado prejuízos ao meio ambiente.

“Talvez tenha sido pouca informação; os líderes locais fraquejaram”, afirmou. Pretto comentou também que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não teria estrutura no Rio Grande do Sul para desenvolver trabalho junto aos assentamentos e por isso, após pressão do próprio MST há mais de um ano - garante - o órgão encaminhou em fevereiro as notificações às 13 famílias do Novo Pedro Osório, em que se refere a indícios de irregularidades, através do arrendamento das terras para exploração de interesses de terceiros.

Tarde de coletiva
O diretor-presidente da VCP, José Luciano Penido, aproveitou a passagem pelo Estado para visitar membros do primeiro escalão do governo gaúcho e falar à imprensa na tarde de ontem sobre a derrubada dos cem hectares de eucalipto na localidade de Matarazzo, em Pedro Osório, na quarta-feira. Em entrevista por telefone ao Diário Popular, garantiu que a empresa não possui qualquer contrato de arrendamento com os assentados. “Os contratos são de compra e venda de madeira, portanto, não há qualquer ilícito como levanta o Incra”, afirmou.

Penido fez duras críticas ao Instituto. Chamou a possibilidade de perda dos lotes - citada na notificação - de abuso de autoridade: “Fere a liberdade individual do assentado; é uma truculência avassaladora.” Quanto ao licenciamento para o plantio no Novo Pedro Osório, o diretor-presidente também assegurou: “A parte ambiental do projeto é inatacável.”

Acompanhe as posições
Fepam - A fase é de adaptações, detalhamento e correções do Zoneamento Ecológico Econômico da Silvicultura no Rio Grande do Sul. Enquanto isso os licenciamentos estão suspensos, diz a assessoria de imprensa da Fundação Estadual de Proteção Ambiental, em Porto Alegre. Só têm sido avaliados os pedidos de licença relacionados ao Pólo Moveleiro.

O estudo, que ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente, indicará todo o regramento e apontará em que áreas o eucalipto poderá ou não ser plantado e com que tipos de restrição. Tudo para o bioma pampa, único no mundo - enfatizou o assessor - não ser ameaçado.

Emater - O gerente regional, Clóvis Victória, não quis comentar os episódios de Pedro Osório, já que a entidade não prestou assessoria técnica e qualificação dos agricultores neste caso específico. Victória restringiu-se a explicar que um relatório encaminhado na última semana à capital deve servir de subsídio para reunião da direção com a superintendência do Incra, para esclarecer detalhes da lei; o que pode e não pode cultivar nos assentamentos e quais as restrições.

Incra - O DP tentou diversos contatos com o Instituto ontem, para obter esclarecimentos sobre a polêmica, mas os telefones permaneceram mudos durante todo o dia.

Dia de mobilização
Vereadores, deputados, prefeitos e lideranças de 29 municípios da região reúnem-se hoje, em Capão do Leão, a partir das 9h na sede da Associação de Funcionários da Cosulati, na rua Pedro Bachilli, 441. O debate sobre o cultivo do eucalipto para indústria de celulose e o apoio à implantação da Votorantim devem se estender durante todo o dia.
(Por Michele Ferreira, Diário Popular, 16/03/2007)
http://www.diariopopular.com.br/16_03_07/p0501.html

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