Deputados vão a Santarém para debater embargo ao terminal da Cargill
2007-03-16
A Assembléia Legislativa do Estado criará Comissão de Representação de Deputados para viajar a Santarém e analisar o embargo ao porto graneleiro pertencente à empresa multinacional Gargill, instalado às margens do rio Tapajós. A criação da comissão foi aprovada quarta-feira (14/3), e os deputados também decidirão se será realizada no local uma sessão especial ou uma audiência pública para discutir o assunto.
'Há sete anos existe esse impasse. Se a construção do porto era inviável, por que deixaram construir? Afinal, trata-se de um investimento de US$ 20 milhões de dólares, que gera 250 empregos diretos e mais de 3 mil indiretos. Temos que contornar a situação da melhor maneira possível, porque, se houve erro ambiental tem que corrigir, mas não se pode desativar o porto ou destruir', diz o deputado Júnior Ferrari (PTB), autor do projeto que cria a comissão. O deputado tem pressa de que se encontre uma solução, uma vez que dentro de dois meses começará a safra da soja 2006-2007. 'Onde vamos armazenar os grãos? Santarém não tem infra-estrutura para isso', avalia Alexandre Von, do PSDB, outro a subscrever o projeto.
Alexandre Von considera que não é só a empresa que tem culpa pelo fato de não terem sido respeitadas as exigências ambientais no porto. 'A Cargill se instalou em Santarém após licitação pública feita pela Companhia Docas do Pará e não pode continuar trabalhando com a ameaça de seu fechamento', defende. Carlos Martins (PT) concorda: 'Desde 2000, se arrasta esse problema do Ministério Público com a Cargill. A empresa tem uma licença ambiental, só que a Sectam (Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente) não pediu o EIA-Rima, que é mais completo. Não é necessário o embargo. É preciso uma definição jurídica e a exigência de que a empresa se adapte, só isso'.
(O Liberal - PA, 15/03/2007)
http://www.oliberal.com.br/index.htm