Os países membros do Mercosul, junto com a Bolívia e o Chile, criaram uma estratégia contra a desertificação que espera a aprovação na próxima reunião de ministros do Meio Ambiente do bloco sul-americano, disseram nesta quarta-feira (14/03) fontes oficiais.

O chefe da Direção para a Conservação do Solo e a Luta contra a Desertificação na Argentina, Octavio Pérez Pardo, disse que o Mercosul e seus associados Chile e Bolívia buscam, com esta iniciativa, realizar um projeto comum que facilite a luta contra a desertificação e a aplicação dos PANs - Planos de Ação Nacionais.

Os objetivos desta estratégia são "a busca de uma alternativa econômica para as terras desertificadas, a monitoração das terras com indicadores iguais em todos os países e a criação de oportunidades comerciais nas zonas secas", disse Pérez Pardo.

Esta estratégia surgiu na reunião de ministros do meio ambiente do Mercosul de 2005, e em 2006 houve a decisão de iniciar um diálogo entre os países membros para criar um plano comum contra a degradação do solo, a pobreza e a favor do desenvolvimento sustentável.

"Cada país tem características particulares, mas, em comum, vemos que nas zonas mais pobres, devido à baixa qualidade de vida, a pressão sobre o recurso é mais alta, porque não se pode inovar nas técnicas de trabalho da terra", afirmaram fontes da Direção para a Conservação do Solo argentina.

A inclusão dos planos nos diferentes sistemas de governo foi um dos temas tratados nesta quarta, no segundo dia da quinta sessão do Comitê de Exame da Aplicação da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação, realizada em Buenos Aires.

Representantes dos Estados Unidos e da China, duas das grandes potências, questionaram se realmente é tão problemático fazer regras institucionais para incluir o PAN. "Sim, é conflituoso, porque cada país tem seu sistema e as mudanças política não ajudam a fixar cânones estáveis", disse Pérez Pardo.
(Efe, 15/03/2007)
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