Oficina do IBAMA/RS define ações de monitoramento do mexilhão-dourado na fronteira oeste
2007-03-14
A definição de uma agenda comum de atividades para esclarecimento da
população sobre o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) e propostas
de ações de controle de embarcações (limpeza) foram algumas das
decisões tomadas pelos participantes da uma Oficina de Capacitação de
Multiplicadores, realizada pelo Ibama/RS no último dia 8/3, em
Uruguaiana (distante 641 km da Capital). Durante o encontro também foi
definida a elaboração de um calendário com as próximas atividades e as
datas de sua realização, que deverá ser entregue pelas entidades e
agentes envolvidos, no Escritório Regional do Ibama em Uruguaiana até
o dia 20 de março.
As autoridades e municípios convidados que não compareceram à oficina
deverão se integrar às próximas ações da campanha, que a partir de
agora deve se tornar rotina e ter caráter permanente nos municípios da
fronteira oeste. Segundo o analista ambiental do Núcleo de Fauna,
Fábio Faraco, "estas ações são importantes pois também serão feitas
pelos parceiros do Uruguai e Argentina e mostrarão à sociedade o
quanto o problema é preocupante e depende da participação de todos",
enfatiza.
No período da manhã, a oficina em Uruguaiana teve uma palestra
educativa feita pelo coordenador do Núcleo de Educação Ambiental do
Ibama, Gustavo Mahler, que divulgou os tipos de problemas causados
pelo mexilhão-dourado (como se propaga e o que pode ser feito para
controlar sua dispersão), usando como referência às experiências e
conhecimentos locais, em especial da comunidade de pescadores.
À tarde, na palestra do analista ambiental Fábio Faraco, ele destacou
o empenho do Ibama/RS em dar informações técnicas e de educação
ambiental sobre o problema e apresentou ações para manejo e
monitoramento do mexilhão-dourado. A Fundação Estadual de Proteção
Ambiental (Fepam) apresentou um relato sobre a rede de monitoramento
do mexilhão-dourado no Estado.
Estas atividades tiveram apoio do Escritório Regional do Ibama em
Uruguaiana e da Área de Proteção Ambiental de Ibiraputã. E contou com
a presença de representantes dos municípios de Itaqui, São Borja,
Uruguaiana, Barra do Quaraí, Polícia Ambiental, Universidades (PUC,
Unipampa, Urcamp), Corsan, Delegacia Fluvial de Uruguaiana (Marinha),
ONGs (Atelier Saladero, Maricá, Movimento Transfronteiriço de ONGs,
Amigos del rio Uruguai, Rio Mocoretá, Movimento Ecológico Bela Unión,
Mebu), Associação de Pescadores de Itaqui, São Borja, Uruguaiana,
Barra do Quarai e Colônia de Pescadores Z9. Informações sobre o
mexilhão-dourado podem ser obtidas junto ao Núcleo de Fauna do
Ibama/RS pelo telefone 051 3226 4871.
(Por Maria Helena Annes, IBAMA/RS, 13/03/2007)