Reuniões para modificação do Plano Diretor de Porto Alegre terminam amanhã
2007-03-14
Hoje (14/3) o projeto será conhecido pelos moradores dos bairros Santo Antônio, Partenon,
Aparício Borges, Vila João Pessoa, Vila São José, Lomba do Pinheiro e Agronomia. Amanhã
será a vez da Restinga, Ponta Grossa, Chapéu do Sol, Belém Novo, Lageado e Lami. Os
porto-alegrenses terão até o dia 20 de abril para a formulação de alterações, que serão
apresentadas em uma grande audiência pública prevista para o dia seguinte, na Usina do
Gasômetro.
O tema mais polêmico - e que ainda promete gerar muita discussão - é a diminuição da
altura dos prédios na chamada macrozona 1, a mais valorizada da Capital e que engloba
bairros como Moinhos de Vento, Petrópolis e Menino Deus. Pelo projeto da prefeitura,
nessas zonas, o limite de altura dos edifícios ficará em 33 metros (cerca de 11 andares).
Para o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RS), a proposta da
prefeitura está concentrada em apenas uma área do município. "Esse plano não propõe novas
áreas de desenvolvimento em Porto Alegre. O Plano Diretor não é isso. Além de regrar, a
lei deve orientar o crescimento da cidade", explicou o presidente da instituição, Carlos
Alberto Aita. Entre as questões que ficaram de fora do projeto, segundo ele, estão as
revitalizações do Centro e do 4º Distrito, que compreende os bairros São Geraldo e
Navegantes.
Segundo ele, o setor imobiliário será obrigado a construir os grandes empreendimentos em
bairros que não são chamativos - como Partenon, Glória, Teresópolis e Cavalhada. "Estes
locais estão desatualizados e precisam de infra-estrutura, como praças, hospitais,
supermercados e segurança. Não podemos privilegiar uma região em detrimento de outra",
explicou Aita.
O secretário municipal de Planejamento, José Fortunati, assegura que a proposta atinge
toda a Porto Alegre. "O único ponto que é exclusivo da macrozona 1 é relacionado à
altura. O resto, como os projetos especiais e as áreas de interesse cultural, é geral
para a cidade", exemplificou. Segundo ele, a própria comunidade escolheu baixar a altura
dos prédios nessa região da Capital, durante a conferência municipal de avaliação do
Plano Diretor, realizada em 2003.
(Jornal do Comércio, 14/03/2007)
http://jcrs.uol.com.br/noticias.aspx?pCodigoNoticia=4028&pCodigoArea=36