Uma fábrica de polpa de frutas que gera renda para índios brasileiros e pequenos produtores está entre os finalistas de prêmio internacional, organizado pelo PNUD, que destaca projetos comunitários que combatem a pobreza e colaboram para a preservação da biodiversidade. O projeto do Brasil concorre com outras 24 iniciativas — que abrangem desde cooperativa de pescadores até coleta de ovos de crocodilo.
Os selecionados para a fase final do Prêmio Equador 2006 passaram por uma peneira que incluía mais de 300 inscritos de 70 países. Na última etapa, será premiado um projeto de cada região (América Latina e do Caribe, África e Ásia e do Pacífico), um ligado a uma comunidade localizada em área considerada patrimônio da humanidade e um que, na avaliação dos jurados, melhor exemplifique a atividade econômica baseada na sustentabilidade ambiental. Os vencedores receberão US$ 30 mil. O anúncio será feito em 5 de junho, na Alemanha.
O projeto brasileiro, chamado FrutaSã, é sediado em Carolina, no Maranhão. A fábrica, mantida pelo Centro de Trabalho Indigenista e pela Associação Vyty-Cati das Comunidades Indígenas Timbira do Maranhão e Tocantins, produz desde 1996 polpa de fruta congelada. Sem fins lucrativos, ela compra as frutas de indígenas e pequenos agricultores do Cerrado, vende-as no próprio Estado (mas também para outras unidades da Federação) e aplica a renda na própria comunidade. A iniciativa é apoiada pelo Programa de Pequenos Projetos, desenvolvido pelo PNUD.
Nesta terceira edição do prêmio, que é bienal, a FrutaSã vai concorrer com oito projetos latino-americanos, como uma cooperativa de pescadores artesanais da Costa Rica, uma federação de turismo comunitário no Equador, uma associação de mulheres também no Equador e uma associação para conservação de uma reserva indígena na Guatemala.
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Agência PNUD, 13/03/2007)