Moradias, energia elétrica, assistência médica. Esses são alguns dos serviços que estarão disponíveis para o povo haitiano depois da assinatura de convênios de cooperação entre os governos da Venezuela, Cuba e Haiti. Durante a visita do mandatário venezuelano Hugo Chávez, o presidente do Haiti, René Préval, juntamente com o vice-presidente cubano, Esteban Lazo, falou, em entrevista à imprensa, que o fundo de cooperação será de 1 bilhão de dólares.
O montante, adiantou, será destinado para a aquisição de equipamentos, construção de casas e apoio para a equipe de médicos cubanos que estará trabalhando em todo o território haitiano. Além disso, serão construídas quatro usinas elétricas.
"Em pouco tempo, com a ajuda e a cooperação cubanas, todas as comunidades do Haiti terão cobertura médica total, além disso, temos um grupo de estudantes de medicina que está se formando em Cuba, e eles serão os que substituirão os médicos cubanos. Os 20 milhões de dólares de ajuda humanitária dada pela Venezuela vão apoiar esta cooperação médica", informou Préval.
O presidente haitiano também falou de um tratado para melhorar as condições energéticas do Haiti. Entre as medidas para melhorar essa situação, está a construção de uma central de 30 megawatts e duas usinas de 15 megawatts, que funcionarão com "full oil", além de outra em Porto Príncipe de 20 megawatts, aumentando a capacidade energética do Haiti para 100 megawatts.
Por sua parte, o representante cubano, Esteban Lazo, disse que não é justo que oa haitianos, apesar de serem o primeiro povo da América Latina e Caribe, vivam na miséria e na pobreza. Por isso, considera que este convênio de cooperação entre Venezuela, Cuba e Haiti lhes permitirá sair da situação em que se encontram atualmente.
"Não se pode ser solidário quando se dá o que sobra. Se é verdadeiramente solidário quando se compartilha o que se tem para ajudar os demais. É disto que se trata: de ter um profundo sentido de solidariedade. Nem Cuba dá o que sobra, nem a Venezuela dá o que sobra, nem o Haiti dá o que sobra. O que fazemos é levar o mais profundo sentido de solidariedade e de irmandade a todos os que necessitem de ajuda", disse.
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Adital, com informações da Prensa Presidencial de Venezuela, 13/03/2007)