Caso da cadela Preta volta à tona e mobiliza grupos protetores de animais
2007-03-13
O caso da cadela Preta volta à tona. A audiência de um dos acusados da morte do animal, marcada para esta segunda-feira (12/03), às 9h, mobiliza os protetores dos animais exatamente dois anos e três dias após o crime que chocou Pelotas e ganhou repercussão nacional e internacional.
Na madrugada de 9 de março de 2005, três estudantes universitários amarraram a cadela, que estava prenhe, a um carro e a arrastaram por ruas do centro da cidade até despedaçá-la. Nas semanas seguintes, um grupo de moradores que cuidava de Preta fez uma investigação para identificar os acusados. No início de abril o caso foi entregue à Polícia Civil, que identificou e indiciou três pessoas pela morte da cadela. Duas delas receberam do Ministério Público, e aceitaram, o benefício da transação penal, pelo qual foram condenados a um ano de serviços à comunidade em instituições ligadas ao meio ambiente. As penas foram cumpridas nos municípios de Piratini e Santa Vitória do Palmar, cidades onde moravam. O terceiro envolvido não recebeu o benefício por ter antecedentes policiais e ser apontado como o principal autor do crime.
A audiência desta segunda-feira, no Juizado Especial Criminal do Foro de Pelotas, ouvirá cinco testemunhas de acusação, das oito relacionadas. A sessão presidida pelo juiz José Antônio Dias da Costa Moraes terá acesso restrito ao promotor Paulo Charqueiro, ao réu, seus advogados e testemunhas. A inexistência do corpo da cadela, que nunca foi encontrado, pode desqualificar a acusação pela falta de demonstração da materialidade do delito.
(Correio do Povo, 11/03/2007)
http://www.correiodopovo.com.br/jornal/A112/N162/html/18AUDIEN.htm