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2007-03-12
Os moradores da vila Mangueira, em Rio Grande, reuniram-se no último sábado para discutir seus rumos dentro de um desenvolvimento sustentável, na última instância da programação local do Fórum da Agenda 21 Comunitária. O encontro aconteceu na Capela São Marcelino Champagnat, dentro do projeto de iniciativa da Petrobras, “De olho no Ambiente”, criado para apoiar comunidades com baixa inclusão social.

A ocasião contou com as presenças do secretário municipal de Meio Ambiente, Norton Gianuca, do diretor executivo do projeto no Rio Grande do Sul, Geraldo Souza, do vereador petista Cláudio Costa, do coordenador operacional do terminal da Transpetro/Petrobras em Rio Grande, engenheiro Marcelo Rochedo Martinelli, e da agente comunitária da Saúde Karen Sirlaine Marqueri, além de moradores.

As ações apontadas pela comunidade foram apresentadas pelo assistente técnico do projeto na região, Lúcio Ramos. O projeto, que se iniciou em maio com pesquisas, a partir da conclusão do Fórum, estabelecerá e implantará as prioridades ressaltadas, buscando soluções em parcerias junto ao poder público, população envolvida e sociedade civil. Para Karen, a expectativa dos moradores é muito grande e é esperança de desenvolvimento da comunidade. “O objetivo é que se alcancem passo-a-passo as metas apontadas nas reuniões”. Ressaltou que, nas 239 casas visitadas, apenas um morador não queria se envolver. “Mas ele mudou de opinião, pois viu que participar é a forma de construir o que se quer de melhor para a comunidade”.

A participação praticamente maciça dos moradores da Vila Mangueira é exemplo de mobilização para Geraldo Souza. O projeto, implantado em 17 cidades gaúchas, abrange 32 comunidades, em municípios com comunidades próximas às unidades da Petrobras. A metodologia aplicada é a prevista pelo Ministério do Meio Ambiente, e o projeto tem por objetivo contribuir com as comunidades para que estas elaborem sua Agenda 21.

Para ressaltar o comprometimento da empresa e a importância de se levar informações até as pessoas com pouco acesso a elas, Geraldo exemplificou o caso do Vale dos Sinos, onde ocorreram recentemente três episódios de mortandades de peixes e onde o projeto contribui frente aos desastres ecológicos acontecidos lá. “Quando uma comunidade começa a compreender o meio em que vive como um todo, procura a partir disso promover ações que a beneficiem”. Conta que os moradores do Vale dos Sinos enfrentam agora uma infestação de mosquitos quase intolerável, desencadeada pela morte dos peixes no rio, predadores das larvas dos pernilongos. “Então, para eles, ficou evidente a necessidade de preservação ambiental”.

De acordo com o secretário Norton Gianuca, a parceria com a Petrobras é estimuladora da Agenda 21 em Rio Grande. Ele ressaltou a importância da participação da comunidade para que ela perceba como ações no meio ambiente podem trazer benefícios para todos. “Na medida em que os moradores se conscientizam e passam a cuidar melhor do meio ambiente, a vida desta própria comunidade melhora”.

Segundo Marcelo Martinelli, a intenção da Petrobras é que a comunidade se organize e tenha consciência de seus problemas. “O comprometimento com o meio ambiente começa em nossa casa; não se pode esperar isso apenas do poder público”, afirmou.

De Olho no Ambiente, em fase de conclusão no Estado, é desenvolvido em cinco etapas: a primeira envolve a apresentação do projeto e a busca de envolvimento das comunidades, com levantamento de dados sobre os moradores. A segunda, desenvolve pesquisa de campo e diagnóstico socioambiental, onde são aplicados questionários que resultam na análise da realidade da comunidade envolvida. Já na terceira etapa, é a vez das reuniões temáticas onde são apontados os temas e necessidades dos moradores. A quarta é a elaboração de um plano local de desenvolvimento sustentável refletindo o conjunto de propostas construídas pela comunidade e, na quinta, dá-se a instalação do fórum local que convoca parceiros sociais e governamentais para a implementação das necessidades apontadas.

Na reunião que aconteceu no último sábado, a comunidade da Vila Mangueira concluiu suas etapas e encerrou elegendo um conselho gestor do Fórum da Agenda 21 Comunitária, constituído por 16 pessoas: oito do bairro e oito de órgãos públicos. No próximo dia 23, acontecerá a primeira reunião entre os moradores para discutirem a implementação das necessidades apontadas. Uma reivindicação é a implantação de uma linha de ônibus para o bairro. “Mas esta questão já trataremos em reunião com o prefeito Janir Branco, agendada para o próximo dia 20”, adianta Karen.

Já os moradores da Vila São João Landel, Guarida, em São José do Norte, não conseguiram cumprir a agenda local na reunião marcada para o último dia 9, por falta de quórum, e uma outra reunião será marcada para definir os rumos da comunidade nortense.

De Olho no Ambiente
O projeto “De Olho no Ambiente” foi criado pela Petrobras para apoiar comunidades com baixa inclusão social. O objetivo é elaborar um plano de desenvolvimento sustentável e um fórum com todos os parceiros sociais e governamentais para a construção da Agenda 21 Local. No Rio Grande do Sul, o programa ambiental é executado pela Organização Não-governamental Guayí ('semente' no idioma guarani), parceira da estatal no desenvolvimento do projeto, com sedes em Porto Alegre e Caxias do Sul, que atua nas áreas de ecologia e meio ambiente, agricultura alternativa e economia solidária, entre outros.
(Por Rosane Leiria Ávila, Jornal Agora, 12/03/2007)
http://www.jornalagora.com.br/site/index.php?caderno=19¬icia=28677

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