Os líderes da União Europeia (UE) apresentaram, na sexta-feira (09/03), uma vasta lista de propostas em prol do combate ao aquecimento global e alterações climatéricas, nomeadamente para o mercado de energia na Europa.

O acordo compromete a Europa com cortes obrigatórios relativamente à emissão de gases do efeito de estufa e exige que um quinto da energia consumida seja proveniente de fontes “verdes”, como, por exemplo, painéis solares e turbinas de vento. Num gesto polémico, o acordo reconhece a importância do papel da energia nuclear no combate às emissões de gás carbónico.

Lista dos principais objectivos:

- Corte mínimo de 20% das emissões de gases do efeito de estufa da UE até 2020, tendo em conta a relação com os níveis de 1990, e pressão para levar esse corte até aos 30%, caso outros países desenvolvidos resolverem adoptar a meta mais ambiciosa;

- Meta de economia de 20% de consumo. Todas as residências, escritórios e sistemas de iluminação urbana devem adoptar formas para economizar energia;

- Meta obrigatória de que 20% de todo o consumo de 2020 seja de energia proveniente de fontes renováveis, como energia solar, eólica ou hidroelétrica;

- Meta mínima de 10% de participação do biocombustível em veículos até 2020;

- Criação de 12 instalações de grande porte que demonstrem tecnologias sustentáveis de combustíveis até 2015, num esforço para testar e promover a captação e o armazenamento de carbono até 2020;

- Maior separação entre as produtoras e as distribuidoras tanto de gás como de electricidade;

- Regulamentação mais rígida dos mercados de gás e electricidade.
(Sapo PT, 10/03/2007)
http://jn.sapo.pt/2007/03/09/ultimas/UE_reconhece_import_ncia_do_nuc.html