Na sexta-feira passada (09/03), um conjunto de ONGs brasileiras lançou a Campanha Popular por Eficiência Energética com a publicação de uma cartilha virtual intitulada “Eficiência Energética: para todos, por um mundo sustentável”, disponível para leitura
aqui.
A cartilha também está disponível para consulta nos sites das entidades Amigos da Terra/Brasil, Fórum Carajás, WWF Brasil e Vitae Civilis, que integram o GT Energia do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS).
Para a coordenadora do Amigos da Terra/Brasil, Lúcia Ortiz “a aceleração do uso dos recursos energéticos, seja para a eletricidade ou para o transporte, ameaça à natureza, afeta as gerações presentes e futuras e contribui para agravar o problema global do nosso século: o aquecimento do planeta”. Compreender o que é esse processo e o que podemos fazer para contribuir é um dos objetivos dessa iniciativa, mas não o único. Segundo Lúcia, “quando cada cidadão é consciente dos resultados das ações que evitam o desperdício e promove o uso racional e eficiente de energia, acaba por exercer também sua responsabilidade ao cobrar dos governos e dos atores da economia medidas que busquem maior austeridade, suficiência, justiça social e ambiental na produção e consumo da energia”, afirma.
O jornalista Mayron Regis, integrante do Fórum Carajás e autor dos textos da cartilha, adverte que o documento “não é aquela coisa de manual das melhores práticas de um consumidor em época de aquecimento global, até porque de manuais de boa convivência, de bons modos e de politicamente correto, o inferno já está cheio”. O texto vai além: qual é nossa participação na crise social e ambiental e o que podemos fazer para evitá-la ou amenizá-la? Essas questões tocam nos hábitos de vida e de consumo, que exigem variedades de produtos e energia ininterrupta para grandes industriais, como as empresas eletro intensivas (alumínio, ferro-gusa etc).
Então, o que fazer para diminuir a pressão pela geração de mais energia através de mais hidrelétricas, termelétricas a carvão e usinas nucleares? A cartilha, sem ser um manual, indica alguns passos para o cidadão comum, tocado pelo chamado da consciência ambiental e política, a agir sem abrir mão do seu direito ao conforto para exercer cidadania, que também é qualidade de vida.
(
ISA, 09/03/2007)