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Biocombustíveis: ONG rechaça intenção de acordo entre EUA e Brasil
2007-03-12
A intenção de negócios com biocombustível entre os Estados Unidos e o Brasil - principal motivo da vinda do presidente George W. Bush ao país - já começa a ser rechaçada por diversas organizações. Em nota divulgada na sexta-feira (09/03), a ActionAid Brasil afirma que o aumento da produção de biocombustíveis teria impactos desastrosos para as comunidades pobres da América Latina.
Os combustíveis poderiam ser uma alternativa para produzir energia limpa capaz de gerar renda para populações rurais pobres na América Latina. Segundo os planos atuais, os Estados Unidos se comprometem a aumentar a produção de biocombustíveis e pretende comprar mais da produção de países da região. "Entretanto, parte significativa desta produção tem até o momento resultado na concentração de propriedades de terra, recursos e renda, destruição das florestas, contaminação do solo, ar e água e expulsão de populações rurais", diz Celso Marcatto, Coordenador de Direito à Alimentação da ActionAid no Brasil. "Em muitos casos, a indústria da cana de açúcar tem provocado destruição de recursos naturais, restrição do acesso de pequenos agricultores à terra e gerado exploração da mão-de-obra", complementa.
Um estudo recente sobre a produção de soja publicado pela organização brasileira Fase, com o apoio da ActionAid, mostra que comunidades inteiras no Cerrado e na Amazônia têm sido expulsas, acentuando a pobreza e a fome na região.
"A quantidade de terra desmatada para produzir soja está crescendo num ritmo de 300% ao ano na Amazônia e continuará a crescer. A concentração da produção de soja nas mãos de quatro grandes multinacionais e duas grandes companhias brasileiras pode ajudar a aumentar o crescimento econômico brasileiro e exportações, mas só por um curto espaço de tempo", diz Marcatto.
A ActionAid trabalha com mais de 25 milhões de pessoas pobres e excluídas em 47 países na África, Américas, Ásia e Europa para apoiá-las na garantia de seus direitos e pelo fim da pobreza. No Brasil, atua desde 1998 no Norte, Nordeste e Sudeste com projetos de desenvolvimento local e campanhas nacionais em defesa dos direitos.
Para informações gerais www.actionaid.org.br
(Adital, 09/03/2007)
Os combustíveis poderiam ser uma alternativa para produzir energia limpa capaz de gerar renda para populações rurais pobres na América Latina. Segundo os planos atuais, os Estados Unidos se comprometem a aumentar a produção de biocombustíveis e pretende comprar mais da produção de países da região. "Entretanto, parte significativa desta produção tem até o momento resultado na concentração de propriedades de terra, recursos e renda, destruição das florestas, contaminação do solo, ar e água e expulsão de populações rurais", diz Celso Marcatto, Coordenador de Direito à Alimentação da ActionAid no Brasil. "Em muitos casos, a indústria da cana de açúcar tem provocado destruição de recursos naturais, restrição do acesso de pequenos agricultores à terra e gerado exploração da mão-de-obra", complementa.
Um estudo recente sobre a produção de soja publicado pela organização brasileira Fase, com o apoio da ActionAid, mostra que comunidades inteiras no Cerrado e na Amazônia têm sido expulsas, acentuando a pobreza e a fome na região.
"A quantidade de terra desmatada para produzir soja está crescendo num ritmo de 300% ao ano na Amazônia e continuará a crescer. A concentração da produção de soja nas mãos de quatro grandes multinacionais e duas grandes companhias brasileiras pode ajudar a aumentar o crescimento econômico brasileiro e exportações, mas só por um curto espaço de tempo", diz Marcatto.
A ActionAid trabalha com mais de 25 milhões de pessoas pobres e excluídas em 47 países na África, Américas, Ásia e Europa para apoiá-las na garantia de seus direitos e pelo fim da pobreza. No Brasil, atua desde 1998 no Norte, Nordeste e Sudeste com projetos de desenvolvimento local e campanhas nacionais em defesa dos direitos.
Para informações gerais www.actionaid.org.br
(Adital, 09/03/2007)
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