O vice-presidente da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto, Adilson Santana, criticou sexta-feira (09/03) a decisão do governo do Estado do Rio de Janeiro de proibir o uso do amianto em obras públicas.
Para ele, esse tipo de medida mostra para a sociedade apenas uma “falsa segurança”, pois, segundo o dirigente, o amianto não causa problemas de saúde para quem não entra em contato direto com o pó do mineral.
Santana diz que atualmente também não há riscos para os trabalhadores em indústrias que utilizam o amianto. As empresas estariam adotanto um controle rígido para evitar problemas de saúde nos empregados.
“Nós defendemos que é possível trabalhar com esse bem mineral de forma responsável”, afirma o vice-presidente da comissão. “Cerca de 60% das casas brasileiras possuem caixas d’água feitas de amianto, isso é uma prova de que o produto não faz mal à saúde.”
O amianto é um mineral utilizado em vários produtos comerciais como telhas, caixas d’água, tubulações e produtos têxteis como luvas especiais, mangueiras e forração de roupa. A inalação do pó do amianto pode causar diversas doenças que variam de fibrose pulmonar aos cânceres de pulmão, de aparelho digestivo e de laringe. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 25 mil trabalhadores brasileiros são expostos ao amianto nos vários segmentos da indústria e da mineração.
(Por Sabrina Craide,
Agência Brasil, 09/03/2007)