Convênio garante aeromóvel na Capital
2007-03-09
O sistema de transporte, movido pela pressão do ar e instalado em trilhos que fica há metros do chão, já havia sido testado em 1986 e está, até hoje, em frente à Câmara de Vereadores da Capital. A nova linha experimental será instalada dentro do campus da Pucrs, com cerca de dois quilômetros e capacidade de até seis mil passageiros a cada hora/sentido.
Desta vez, o objetivo não é competir em espaços onde alternativas de transporte em massa já estejam instalados. "A intenção é complementar sistemas existentes, em curtas distâncias, como no translado em aeroportos e dentro de campi universitários", disse o diretor da Aeromóvel Brasil, Marcus Coester. Os chamados Automated People Movers (APMs, na sigla em inglês) podem ser comparados a elevadores horizontais.
Com o aquecimento global e o medo da poluição, este é o momento do aeromóvel, segundo Coester, porque não polui, não agride o meio ambiente e sua propulsão pode ser obtida com eletricidade, álcool, biodiesel, biogás ou GNV.
O empreendimento é resultado de uma parceria firmada entre a Aeromóvel Brasil - detentora da tecnologia do sistema -, a Pucrs e a Ufrgs, com investimento da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnolgia (Finep). O projeto está previsto para se estender por três anos. O cálculo para a conclusão total fica na casa dos R$ 300 milhões, com o término do projeto estimado para o final de 2008.
O período inicial, de 12 meses, prevê um estudo dimensional para aplicação do veículo e da via, a construção de um protótipo, em escala real, com extensão de 150 metros, e o aperfeiçoamento da propulsão a ar, entre outros itens. Depois, ao final de três anos, uma linha com aproximadamente 2,2 mil metros deverá ligar o Campus Central, o Parque Esportivo e o Hospital São Lucas, com seis estações em pontos estratégicos de circulação. Ao todo, serão investidos R$ 5,4 milhões só na fase inicial.
De acordo com Coester, espera-se que o custo final do sistema de transporte, após a conclusão dos estudos e a atualização da tecnologia, não ultrapasse os U$ 5 milhões por quilômetro de trilhos em funcionamento. Além de favorecer a mobilidade na área, a operação servirá para a obtenção de certificação internacional do sistema, credenciando-o para implantação em outros locais do País e do exterior.
(Jornal do Comércio, 09/03/2007)
http://jcrs.uol.com.br/noticias.aspx?pCodigoNoticia=3978&pCodigoArea=36