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2007-03-08
Tudo na vida é questão de escolhas, feitas depois de balanceados os benefícios, custos e possíveis conseqüências. Bem, a história é mais ou menos assim. Diariamente, barris e barris de petróleo são usados por todo o mundo como fonte de energia sem que ninguém pare para refletir quem fez esta incrível escolha de enraizá-lo no nosso dia-a-dia e por que o fez. O uso de combustíveis fósseis parece imprescindível no mundo moderno, porém a história prova que nem sempre foi assim.

Com base em uma investigação jornalística que envolveu mais de 50 pesquisadores em cinco países, o escritor americano Edwin Black escreveu o livro “Internal Combustion” (Combustão Interna, ainda sem tradução em português) que explora o que ele chama de ‘conspiração’ dos cartéis automotivos e governantes para optar pelo início da era da fuligem no mundo. O livro é um dos indicados do ano ao prêmio máximo do jornalismo, o Pulitzer.

No livro, ainda sem previsão de lançamento no Brasil, Black mostra como o mundo se tornou dependente do petróleo. “Temos de voltar ao fim do século 19, quando quase todos os carros eram elétricos. É claro que na época eles não eram considerados veículos alternativos, mas o resultado do monopólio de uma empresa chamada EVC [sigla em inglês para Companhia de Veículos Elétricos], dona de táxis e estações de recarga - o sujeito deixava o carro na estação, saía para fazer compras e ao voltar a bateria estava cheia”, explica o autor em entrevista para a revista Superinteressante deste mês.

Black diz que a EVC era poderosa e queria impedir firmas independentes de produzir carros a gasolina, processando-as por infringir patentes. Mas, após anos de disputas judiciais, a EVC resolveu se juntar às montadoras de carros a gasolina que formavam a Alam (sigla para Associação de Fabricantes de Automóveis Licenciados), criando um mega monopólio. A partir daí, se desenrola a história de como este grupo, que controlava a fabricação de bicicletas, baterias, carros elétricos e de combustão, resolveu abandonar a tecnologia elétrica em favor do motor de combustão.

“O plano era vender os carros a combustão a um valor alto, só para os ricos. Até que um fabricante de Detroit resolveu seguir seu próprio caminho. Era Henry Ford, que planejava produzir carros a combustão baratos - o famoso Modelo T”, afirma Black à entrevista.

Depois de anos de batalhas judiciais contra os cartéis para conquistar o direito de produzir os automóveis, os EUA já estavam se tornando um lugar sujo com a fuligem gerada pelos motores a gasolina. Foi então que o Ford resolveu se unir ao cientista Thomas Edison em um projeto para produção de um Modelo T elétrico barato, acessível a todos.

O Herói Henri Ford
Black trata Ford como herói neste livro, o inverso do que foi na obra “IBM e Holocausto”, onde o autor o descreve como um dos maiores anti-semitas da história dos EUA. “O objetivo deles era nada menos que a morte da combustão interna e o nascimento da civilização poderosa, independente e limpa. E porque não? No inicio do século 20, milhares de táxis, carros de passageiros e caminhonetes limpas, silenciosas e fáceis de operar circulavam pelas ruas da América. Mas os veículos elétricos e baterias que os fizeram rodar se tornaram causa de escândalos coorporativos, fraudes, corrupção que ameaçaram a confiança da nação e inspiraram o reconhecimento não merecido dos automóveis”, escreve Black no primeiro capítulo do livro, onde descreve uma misteriosa explosão que destruiu o laboratório de Edison.

Na entrevista a Superinteressante, o autor diz ter escolhido o tema petróleo para o livro porque considera a petropolítica a questão definidora dos dias atuais. “Nos encontramos no meio de uma guerra no Oriente Médio e sob a ameaça de outra ainda mais ampla. Por causa do petróleo, estamos (americanos) financiando os terroristas que combatemos. Compramos óleo do Irã que, por meios indiretos, usa o dinheiro da venda para financiar o programa atômico da Coréia do Norte. A Coréia então fabrica o míssil No Dong e o reexporta ao Irã rebatizado de Shahab”, afirmou.

Black lembrou as conseqüências ambientais, como a grave mudança climática. “Nos meus livros anteriores, explorei um passado terrível esperando alcançar um futuro precioso. Neste livro, exploro um futuro terrível esperando alcançar um passado precioso”, define.
(Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil, 07/03/2007)
www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=18149&iTipo=6&idioma=1

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