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2007-03-08
Cientistas europeus estão testando um método para sepultar dióxido de carbono (CO2) nas profundezas da Terra, com o objetivo de impedir que este gás emitido pelas indústrias poluentes continue contribuindo para o aquecimento global.

Em Ketzin, cidade da antiga Alemanha Oriental situada a 40 quilômetros de Berlim, uma equipe internacional de cientistas começou a perfurar o solo para encontrar a 800 m de profundidade um lençol de água salgada subterrânea. A partir do próximo verão (hemisfério norte) e durante dois anos, os pesquisadores esperam injetar 60 mil t de CO2 puro, que serão transportados para o local por caminhões-tanque.

"Vamos equipar o local com uma série de sensores que nos ajudarão a verificar a perenidade deste armazenamento", explicou Guenter Borm, professor do Centro de Pesquisas da Terra (GFZ) de Potsdam, próximo a Berlim, instituição que coordena o projeto. "Não há nada de perigoso: o local escolhido é muito estável e o gás que injetamos é o mesmo que é utilizado para gasificar os refrigerantes" assegurou o professor Borm.

O projeto, que custará 35 milhões de euros - co-financiado por União Européia, Alemanha e França, assim como por universidades e empresas européias - está voltado para a verificação da viabilidade do "armazenamento geológico" de CO2, principal gás responsável pelo efeito estufa.

Se a técnica for aplicada algum dia em escala industrial, o gás sepultado será previamente captado onde é emitido em fortes concentrações, por exemplo nas fábricas de cimento e siderúrgicas ou nas centrais térmicas que produzem eletricidade, e graças a técnicas por enquanto experimentais.

A tecnologia de sepultamento de CO2 nas profundezas foi objeto de um número relativamente pequeno de pesquisas no mundo, em condições diferentes, como por exemplo armazenamento nas profundezas do mar próximo à costa da Noruega ou da Austrália, no fundo de uma jazida petrolífera no Texas (EUA) ou em uma mina de carvão na Polônia. No sudoeste da França, o grupo petroleiro Total testará a partir de 2008 o armazenamento em uma antiga jazida de gás natural do CO2 emitido pelas caldeiras de uma de suas usinas.

Em Ketzin, o local escolhido pelos cientistas alemães, britânicos, franceses, poloneses e escandinavos para injetar o gás é um aqüífero salino profundo, ou seja um lençol de água salgada subterrâneo sem contato com os lençóis freáticos. Antes mesmo de ser testada, a iniciativa suscita críticas de alguns ecologistas militantes.

"Seria melhor empregar os enormes investimentos necessários para este armazenamento no desenvolvimento de energias renováveis", comentou Matthias Seiche, da Federação Alemã para o Meio Ambiente e a Proteção da Natureza (BUND). A geóloga Gabriela von Goerne, da associação Greenpeace, denunciou este experimento que, segundo ela, não impedirá "que se continue utilizando maciçamente energias fósseis".

A técnica, quando estiver pronta, continuará sendo muito cara, pelo menos 40 euros a tonelada de CO2 enterrada. Como comparação, no mercado europeu do carbono, as empresas que ultrapassam sua cota de emissão pagam multas de menos de dois euros a tonelada pela contaminação causada.
(AFP, 08/03/2007)
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1457582-EI8278,00.html

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