Obras da Fase C da Usina Termelétrica de Candiota devem começar até a primeira quinzena de abril
2007-03-07
O projeto de ampliação da capacidade de geração da Usina Termelétrica Presidente Médici, denominado Fase C, já saiu do papel,
após 23 anos de espera pela comunidade. As fundações para colocar os alicerces visando à construção do prédio já estão prontas após 40 dias de execução. Até o dia 15 de abril devem iniciar as obras civis, conforme anuncia o presidente da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), do Grupo Eletrobrás, Sereno Chaise. A obra da Fase C está orçada em 430 milhões de dólares, com recursos oriundos de financiamentos do Banco de Desenvolvimento Chinês. O Citic Group – maior empresa estatal chinesa, é o responsável pela obra. A capacidade instalada da Fase C será de 350 megawatts. A obra tem reflexo no sistema elétrico brasileiro, ampliando o abastecimento no Rio Grande do Sul e auxiliando na estabilidade do sistema.
Chaise diz que a usina deverá ficar pronta no máximo até novembro de 2009. Ele comenta que a intenção é de que em janeiro de 2010, sejam realizados os testes de distribuição de energia.
No dia 20 de março, dois funcionários da CGTEE e três da Eletrobrás irão até a China para firmar a fase final do contrato de financiamento da obra. No mesmo período, quatro engenheiros da companhia se deslocam para aquele país para acertar os últimos detalhes do projeto de engenharia da Fase C. A equipe retorna ao Brasil no dia 28 de março.
Maquinários
O financiamento da obra segue quatro itens. O primeiro está voltado aos equipamentos estrangeiros e nacionais para serem instalados no local. O presidente informa que alguns equipamentos já estão estocados e outros chegarão em outra oportunidade. A contratação de serviços local e a presença de estrangeiros também integram os quesitos. A montagem das máquinas ficará a cargo de 60 técnicos chineses e mais a mão-de-obra local que será contratada para essa atividade.
Impacto econômico
A construção do empreendimento significará a retomada da utilização do carvão na produção de energia elétrica para atendimento do mercado brasileiro, duplicando o atual consumo deste combustível no estado, e propiciará geração de empregos e distribuição de renda à metade sul do estado do Rio Grande do Sul, região cuja economia está altamente deprimida. “Para a CGTEE, significará a ampliação de sua capacidade produtiva em cerca de 100%, tornando-a uma empresa consolidada como o “braço térmico” do Grupo Eletrobrás”, enfatiza.
A geração de cerca de três mil empregos diretos e indiretos (durante a construção) e 250 fixos (fase de operação e manutenção), além da ampliação da planta da Usina Termelétrica Presidente Médici e da geração de energia em 80% serão a realidade desta região. Hoje a produção média da atual usina é de 250 megawatts devido às máquinas estarem envelhecidas.
O presidente da CGTEE observa que o empreendimento além de aumentar a capacidade de geração de energia, será quase que duplicado o consumo de carvão mineral que atualmente é de 1,7 milhão de toneladas ao ano, fortalecendo a utilização do carvão mineral na matriz energética brasileira e por conseqüência da Companhia Riograndense de Mineração (CRM).
Para melhor atender as pessoas que estão atuando nas obras da Fase C e bem como aos funcionários que hoje trabalham na usina, a CGTEE ampliou o refeitório do local. A inauguração está prevista para o dia 19. A capacidade do espaço ampliado será de fornecer de 500 a 600 refeições ao dia.
(Jornal Minuano, 07/03/2007)
http://www.jornalminuano.com.br/noticia.php?id=13897