Pelo menos 600 quilos de rãs e cinco patos foram encontrados mortos no lago do parque da Fenachamp na última sexta-feira
(2/3). De acordo com o veterinário da vigilância sanitária de Garibaldi, Francisco Ecker, uma das hipóteses para a morte dos
animais seria a alta temperatura dos últimos dias.
- As rãs são anfíbios e precisam ficar na superfície para respirar. Com o calor, a água superaqueceu e elas morreram. Já os
patos teriam ingerido essas rãs em decomposição - explica o veterinário, acrescentando que a hipótese de falta oxigênio na
água está descartada porque não houve morte de peixes no lago.
A outra possibilidade, a de envenenamento, foi levantada por entidades ambientais que estiveram inspecionando o local.
- Provavelmente foi utilizado algum veneno para matar a vegetação e, com a chuva, ele escoou para o lago, matando os animais
- acredita Jorge Acco, fiscal regional da Associação Riograndense de Proteção aos Animais.
No sábado, voluntários retiraram os animais mortos para evitar que, em caso de contaminação, os dejetos sejam arrastados para
outras fontes de água e também para eliminar o forte odor na região.
A água do lago tem ligação com a barragem da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que fica a três quilômetros do
local, e abastece 25% da cidade.
Segundo o gerente da companhia no município, Arlindo Ferreira dos Passos, o período é de estiagem e a água do lago não está
desembocando na barragem. Além disso, ele afirma que há um controle rigoroso de qualidade da água e nenhum caso de morte de
animais foi constatado na barragem.
A vigilância sanitária de Garibaldi colheu amostras dos animais para encontrar a causa da mortandade no lago. O resultado das
análises pode sair ainda hoje.
Secretaria descarta uso de herbicida no parque
A responsabilidade pela manutenção do parque da Fenachamp, usado pelo município para a realização de eventos, é da Secretaria
de Obras de Garibaldi. O titular da pasta, Antônio Fachinelli, garante que não foi aplicado qualquer tipo de herbicida para
matar a vegetação do parque, hipótese que é cogitada por entidades ambientais.
- Utilizamos apenas roçadeiras para limpar o local, o que foi feito pela última vez no início de fevereiro - afirma
Fachinelli.
(Por Bruna Kahler,
Jornal Pioneiro, 06/03/2007)