Espanhóis são os europeus mais preocupados com mudança climática, aponta pesquisa
2007-03-06
Os espanhóis são, ao lado dos cipriotas, os cidadãos europeus mais preocupados com a mudança climática e o aquecimento global, assuntos que preocupam a grande maioria dos cidadãos da UE - União Européia. Segundo dados de uma enquete Eurobarômetro publicada nesta segunda-feira (05/03), sete em cada dez espanhóis se declaram "muito preocupados" com a mudança climática, enquanto 23% sentem "certa preocupação" e apenas 7% dizem "não estar preocupados" em absoluto.
Em escala européia, a metade dos cidadãos se declara muito preocupada com este assunto e 37% dizem se preocupar parcialmente. Por regiões, os países do sul da Europa, os mais afetados por fenômenos como a seca, são os mais atemorizados pela mudança climática, pois, após Espanha e Chipre, estão nesta lista Malta, Grécia, Portugal, Romênia e Itália.
Além disso, os cidadãos espanhóis são os mais conscientes dentro da Europa sobre o impacto negativo que a forma como se produz e consome energia no país tem no clima, pois 63% dos entrevistados consideram que o efeito é muito prejudicial.
A maioria dos europeus sabe também que a mudança climática os obrigará a mudar seus hábitos de consumo energético nos próximos dez anos (76%), que deverá instalar equipamentos que consumam menos (72%) e que os preços da energia subirão (68%).
Como alternativas, os cidadãos europeus defendem claramente as energias renováveis, já que 83% dos entrevistados se declaram a favor de impor uma percentagem mínima de fontes deste tipo nos países da UE, número que se eleva a 90% no caso da Espanha.
Reunião - Esta será uma das questões que os líderes da UE debaterão na cúpula desta semana em Bruxelas, a partir da proposta da Comissão Européia de fixar uma percentagem obrigatória de 20% de uso das energias renováveis até 2020.
Os 27 países-membros da UE estão divididos entre os partidários de tornar obrigatória esta meta e os que preferem que seja somente voluntária.
No entanto, a energia nuclear é rejeitada por 61% dos europeus, que opinam que seu uso deve ser reduzido, contra 30% que defendem aumentar sua utilização. Quanto à responsabilidade das políticas em matéria energética e ambiental, os cidadãos consideram que as decisões devem ser tomadas em escala européia.
Neste sentido, os europeus também são favoráveis a desenvolver mecanismos de solidariedade entre os Estados da UE, para que, em caso de uma crise no fornecimento de petróleo ou gás, os países afetados possam contar com as reservas dos outros membros.
(Efe, 05/03/2007)
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