A Guatemala perde, anualmente, 73 mil 148 hectares de bosque por diversos motivos entre os quais se sobressaem as atividades do homem; num período de 10 anos se registra a perda de 11% do recurso natural em todo o país. A informação consta no Perfil Ambiental da Guatemala 2006.
De acordo com o estudo, ao comparar o mesmo índice com o México e o Brasil, se deduz que a Guatemala perde quatro vezes mais árvores que o país do Sul e duas vezes mais do que nação mexicana, em termos relativos ao devastação florestal e extensão territorial.
Entre as principias causas se menciona o uso desses espaços para atividades agrícolas e pecuárias, a ausência de uma cultura florestal, de políticas públicas com ênfase em desenvolvimento agropecuário, condições macroeconômicas desfavoráveis para a atividade florestal, ausência de emprego na área rural e o crescimento desordenado de zonas urbanas e assentamentos humanos.
Os estados que mais perderam recursos florestais são, na seqüência: Chiquimila, Jitiapa, Petén, Jalapa, Izabal e Zacapa. Enquanto que outros como Sacatepéquez e Retalhuleu, elevaram sua taxa de reflorestamento, segundo o estudo.
Segundo o Perfil Ambiental, 61% da devastação de floresta se dá em áreas protegidas e 39% fora delas; as mais afetadas foram as montanhas maias Laguna del Tigre e Sierra del Lacandón.
Os incêndios são as outras causas de devastação indicadas nos estúdio. Eles já provocaram a perda de 22 mil hectares nos últimos anos, principalmente na Reserva da Biosfera Maia. Já as pragas, afetaram em 2003, cerca de 1.404 hectares de bosque, segundo a pesquisa.
A diversidade de ecossistemas forestais desempenha um papel socioeconômico chave para o desenvolvimento do país, pois não só abriga a diversidade, mas também administra insumos para a indústria, tanto para o consumo nacional quanto para a exportação, e é uma fonte de importantes divisas, conclui o estudo.
(Adital, com informações do Centro de Reportes Informativos da Guatemala/ Cerigua, 05/03/2007)