Líderes empresariais gaúchos ouvidos em pesquisa da Deloitte apontaram o setor de papel e celulose como o de maior potencial
de crescimento a médio prazo no Estado.
A aposta coincide com a euforia do secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, João Carlos Machado, que projeta a
criação de uma nova fronteira agrícola com a cadeia produtiva florestal.
O setor deve dobrar de tamanho nos próximos 10 anos: estima-se que o PIB salte dos atuais R$ 3,6 bilhões para R$ 7 bilhões. O
algarismo pode chegar à casa dos R$ 10 bilhões em 2014, em virtude dos investimentos confirmados da Aracruz, da Stora Enso e
da Votorantin. Só essas empresas projetam adicionar uma área plantada de, pelo menos, 300 mil hectares no Pampa nos próximos
sete a oito anos.
Há promessa também de os empregos duplicarem, alcançando 500 mil. E a área florestal explorada economicamente, hoje de 500
mil hectares, subirá para 900 mil hectares. Atualmente presente em cerca de 300 municípios, a silvicultura será importante em
pelo menos 400 municípios gaúchos, avalia Machado.
(
Informe Econômico - Lurdete Ertel, Zero Hora, 05/03/2007)