O movimento Madres Contra La Guerra, de Porto Rico, que atua na denúncia de atrocidades contra soldados no Iraque, está denunciando contaminação desses oficiais devido ao uso de urânio por parte dos Estados Unidos. " Recordemos os milhares de veteranos da primeira guerra no Golfo Pérsico (1990 - 1991) que, enfermos, tem que continuar trabalhando enquanto exigem que seus direitos sejam reconhecidos. Naquela primeira guerra, Estados Unidos espalhou 350 toneladas de urânio reduzido. O urânio dura 4,5 bilhões de anos: se aspira, penetra nos poros, nos cromossomos e causa, entre outros efeitos: dores e distúrbios renais, gastrintestinais e neurológicos, ósteo-artrites, osteoporoses, erupções na pele, câncer e erupções por contato aos familiares, assim como deformidades nos bebês que nascem de pessoas contaminadas com urânio", afirma o movimento em seu blog.
"O acúmulo de transtornos e enfermidades relacionadas é conhecido como Síndrome do Golfo Pérsico. No entanto, hoje o urânio é utilizado na ponta das balas para derreter armas contaminando especialmente os militares da infantaria e dos tanques."
"Em novembro de 2005, a família do sargento militar de carreira Carlos Rivera, de Caguas, se comunicou solicitando apoio. Ele estava enfermo e sendo convocado a partir para o Iraque pela segunda vez. Carlos nos contou que sentia dores no corpo, tonturas, problemas renais etc. Perguntamos se ele teria feito a prova do urânio reduzido. Descobrimos que desconhecia sobre o urânio, menos ainda sobre a prova.
Hoje, Carlos padece de várias condições crônicas e suas duas filhas e esposa estão contaminadas com urânio, sofrendo erupções na pele.
Naquela ocasião, conseguimos evitar seu regresso ao Iraque ao implantar o protocolo de risco suicida. Hoje, seu organismo denota a mais alta das contaminações de sua unidade e requer várias intervenções cirúrgicas de alto custo. O Pentágono quer unilateralmente dar baixa a Carlos, sem benefícios de saúde.
Queremos denunciar que no caso do povo de Viéques, continuam detonando balas contaminadas com substâncias letais, ao ar livre. Denunciamos o abuso de um povo que quer viver em paz, porque o Pendágono que declarou guerra aos viequenses é o mesmo que bombardeia o povo iraquiano. Porque a maternidade é vida e a guerra é a antítese da maternidade, continuaremos lutando pela paz."
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Adital, com informações de
Madres Contra La Guerra, 02/03/2007)