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2007-03-02
A presidente chilena, Michelle Bachelet, formou um grupo de trabalho com cientistas e especialistas de alto nível, que no prazo de seis meses avaliará a possibilidade de usar a alternativa atômica como forma de ampliar e diversificar a produção energética do Chile.

O grupo será liderado pelo físico, Jorge Zanelli, que será acompanhado por outros dez profissionais, entre eles a ex-ministra de Economia, Ingrid Antonijevic, e o ex-presidente da Comissão Nacional de Energia, Alejandro Jadresic.

A ministra de Mineração e Energia, Karen Poniachik, disse que não será possível produzir energia nuclear em um curto prazo, mas "o mais sério e responsável é ter os estudos preparados para que um governo futuro decida de forma instruída e com bases técnicas se é conveniente ou não e sob quais condições impulsionar essa alternativa".

O físico Zanelli afirmou que "não se pode pensar em ter energia nuclear no país em menos de 10 ou 15 anos" e acrescentou que a comissão que lidera entregará um relatório preliminar referente aos "estudos que devem ser feitos e qual profundidade que o país precisa".

A necessidade de diversificar as fontes energéticas alcançou um nível de preocupação pública no Chile depois dos problemas de abastecimento de gás proveniente da Argentina.Ontem, os diretores de dois diferentes centros de pensamento, um ligado ao governo e outro à oposição, concordaram na urgência de impulsionar uma discussão "de nível mundial" sobre a possibilidade de produzir energia nuclear no Chile.

Cristian Larroulet, diretor do Liberdade e Desenvolvimento, grupo de debate ligado à oposição, disse que "nada deve ser condenado nem elogiado. Os estudos (sobre energia nuclear) devem ser feitos no mais alto nível mundial. Estamos falando de possibilidade de energia para o ano 2020".

Entretanto, Jorge Marshall, diretor do Expansiva, núcleo próximo ao governo, disse que a discussão sobre a energia nuclear é urgente porque "o tema da energia acompanhará o Chile como prioridade durante anos" e "todas as novas fontes de energia, convencionais, tradicionais, não renováveis e renováveis e também a energia nuclear" devem ser discutidas.
(ANSA, 01/03/2007)
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/notiziari/chile/20070301144934218765.html

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