A liberação do plantio de milho transgênico na Argentina resultou na formação de um mercado pagador de prêmio aos produtores que fornecem o grão convencional certificado no país, onde 85% da produção são de transgênicos. Com o preço da tonelada em torno de 140 dólares no mercado à vista, fornecer o grão certificado pode render até dez dólares a mais por t. No entanto, para ser certificado, o produtor deve comprovar que não há transgênicos em um raio de 5 km dos limites de sua propriedade. Segundo o engenheiro agrônomo Pablo Stagnetto, que assessora produtores em Tucuman, o espaço asseguraria que não houve cruzamento na lavoura.

Embora a Monsanto afirme que o milho transgênico tem maior produtividade, Stagnetto diz que não há diferença. Nas propriedades onde presta assessoria, a média é de 6 mil Kg/ha (transgênicas ou convencionais). 'O custo de produção do transgênico é menor, mas o produtor pode compensar com a bonificação do convencional', diz. O agricultor Aldo Capuano acha que o diferencial do transgênico é a tranqüilidade. O custo de produção, aponta, está em torno de 215 dólares/ha. Ele quer ampliar a área cultivada com milho de 200 para 300 ha, toda de BT, devido ao bom preço pago. Sebastián Rojas, proprietário da Fazenda Javicho, informou que sua produtividade saltou de 5,5 mil Kg/ha, com o convencional, para 8,2 mil Kg/ha com o transgênico.
(Por Marcela Duarte, CP, 28/02/2007)
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