Atores de "Amazônia" pedem união de forças pela preservação da floresta
2007-02-28
Os atores Victor Fasano, Juca de Oliveira e Christiane Torloni pediram a união de forças em escala internacional para defender a floresta amazônica.
Os artistas incentivaram a sociedade civil a apoiar um manifesto em favor de sua preservação, ao qual já aderiram 200 mil pessoas, em apenas três semanas de circulação na internet.
Os atores, que protagonizam a série televisiva "Amazônia", afirmaram que a região "não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao planeta".
"O Brasil pode dobrar sua produção de grãos sem a necessidade de cortar uma única árvore", disseram em um encontro com correspondentes de imprensa estrangeira no Rio de Janeiro no qual explicaram seus objetivos.
O manifesto pede que a Constituição brasileira seja cumprida, e que esse é o "único procedimento" que pode "desacelerar os efeitos da devastação da Amazônia".
A Constituição brasileira determina que a floresta amazônica é "patrimônio nacional", e que sua utilização será feita dentro da lei, em condições que assegurem a preservação do meio ambiente.
Os atores decidiram fundar este movimento pela conservação da Amazônia, e criar o site www.amazoniaparasempre.com.br, após gravar juntos a minissérie, nas florestas do Acre.
Para Victor Fasano, a natureza traz "uma paz interior diferente", apesar dos signatários do manifesto "compartilharem o desejo comum de que a floresta continue de pé".
"A sociedade civil está adormecida e, por isso, é preciso chamar a atenção das pessoas até chegar ao presidente da República, e mostrar a ele que os planos econômicos não podem se basear na destruição do meio ambiente", afirmou o ator.
Para Christiane Torloni, o momento atual é "muito interessante" no que diz respeito à defesa da natureza no mundo e no Brasil, pois os debates sobre a preservação do meio ambiente estão sendo reabertos.
A atriz defendeu a necessidade de "dar visibilidade e voz à causa pela qual muitas pessoas lutam", e pediu que as forças internacionais "se unam para defender este patrimônio comum".
No manifesto, os atores lembram que o desmatamento acabou com 16% da floresta amazônica, área de tamanho equivalente ao dobro do território da Alemanha.
Apesar de, este ano, o desmatamento da floresta ter sido o menor dos últimos três anos, os artistas consideram que "não há motivo para comemorações", já que dezessete mil quilômetros quadrados de mata foram perdidos.
Segundo os signatários do manifesto, o desmatamento e a exploração abusiva são "os símbolos da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico".
(Agencia EFE, 27/02/2007)
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