Greenpeace pede ajuda da primeira-dama para barrar liberação do milho transgênico
2007-02-28
Integrantes da organização não-governamental Greenpeace fizeram na manhã de ontem (27/2) uma manifestação em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo, formado por cerca de 20 pessoas, queria chamar a atenção da primeira-dama, Marisa Letícia, para os perigos da liberação do milho transgênico.
A Medida Provisória 327, de 2005, altera as regras brasileiras sobre o plantio de transgênicos. O dispositivo legal foi aprovado em dezembro do ano passado pela Câmara dos Deputados. O Senado federal vota hoje à tarde se o milho transgênico poderá ser liberado ou não.
“A gente sabe que depois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ter que sancionar a lei. Por isso, a gente veio pedir diretamente para primeira-dama para ela salvar o prato preferido dela que é a rabada com polenta”, disse a coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, Gabriela Vuolo.
Segundo ela, uma pesquisa feira pela organização LatinPanel, em 2004, mostra que as decisões de compra de supermercado são feitas em 80% das vezes pelas mulheres. “Então a gente achou que era o momento de apelar para Marisa.”O Greepeace é contra a liberação dos transgênico por temer um descontrole das mutações genéticas. “Estamos falando de ser vivo que se reproduz, uma vez que você libera o milho e a soja, eles liberam sementes e espalham pólen", argumenta Gabriela Vuolo.
"O perigo está justamente nisso, não saber exatamente para onde foram as sementes. Aí você perde o controle inclusive dos efeitos sobre o solo, o ecossistema e saúde.”
Os integrantes do Greenpeace mandaram à primeira-dama uma cesta de café da manhã com quitutes feitos de milho como: broas, pamonhas, cuzcuz e a polenta.
(Por Clara Mousinho, Agência Brasil, 27/02/2007)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/02/27/materia.2007-02-27.4362053702/view