ENCONTRO DA COMISSÃO BALEEIRA INTERNACIONAL SERÁ EM MAIO DE 2002 NO JAPÃO
2001-10-26
O próximo encontro da Comissão Baleeira Internacional (CBI) será em maio de 2002 no Japão. O país pretende derrubar a moratória que proíbe a caça de baleias no mundo. Devido à forte pressão exercida por organizações conservacionistas - como a Sea Shepherd, que denunciou a matança de baleias por pescadores no Caribe, em julho deste ano - a CBI marcou este novo encontro justamente no país que mais caça baleias no mundo, o Japão (que pediu à CBI que cancelasse a reunião anterior em Londres). Os japoneses sentiram que estavam perdendo forças, depois que a opinião pública mundial passou a suspeitar de uma possível relação entre Japão e representantes caribenhos que participam do encontro, onde os japoneses estariam oferecendo dinheiro em troca dos votos destes países. De uns anos para cá, a CBI, inicialmente criada para proteger as baleias, passou a apoiar os interesses econômicos de países que caçam baleias, entre eles a Noruega e o Japão. O Japão lidera um movimento para derrubar a moratória que proíbe a caça de baleias no mundo, em vigor desde 1986. Os ambientalistas temem pelo fato do próximo encontro ser no Japão, uma vez que eles terão a opinião pública a seu lado. A proposta que visa acabar com a moratória que proíbe a caça de baleias, está sendo chamado de Esquema Revisado de Gerenciamento (Revised Management Scheme - RMS). O RMS foi patrocinado pelo Japão e desenvolvido por cientistas do CBI. A aprovação do Esquema Revisado de Gerenciamento seria um passo irreversível em direção a volta de uma indústria que apenas destruiu as baleias do mundo. Os governos, em um esforço de apaziguar a minoria de nações baleeiras estão deixando para trás a vontade da maioria de seus cidadãos, bem como, não estão considerando as convincentes provas científicas das ameaças à sobrevivência das populações de baleias. Para o organização Sea Sepherd, os mais de trinta anos dedicados a proteção das baleias no mundo podem ser destruídos em um único encontro da CBI, porém as pessoas não estão conscientes disso. (Sea Sheperd, 25/10)