(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-02-28
Em Sines, Alcanena, Barreiro e Seixal está depositado o passivo ambiental de resíduos perigosos em Portugal desde 1950. As mais de 300 mil toneladas aguardam um destino final, segundo dados do Instituto de Resíduos O passivo foi gerado nas últimas décadas por empresas estatais ou outras que transferiram a responsabilidade da gestão do lixo perigoso para o Estado, mas com a adesão à Comunidade Económica Europeia, todas as empresas passaram a ser obrigadas a dar um destino aos resíduos, que é na quase totalidade exportado.

O maior passivo ambiental de lixo perigoso das indústrias portuguesas está depositado em Sines, 160 mil toneladas de lamas oleosas, das quais apenas um a pequena parte começou a ser enviada no final do ano passado para co-incineraçã o na cimenteira da Secil, na Arrábida.

Com a decisão judicial de suspender a queima destes resíduos em cimente iras, até nova sentença em contrário, os lixos perigosos produzidos no passado por indústrias do Estado ou empresas que transferiram para o Estado essa responsabilidade continuam à espera de serem eliminados ou tratados para deposição em aterro.

Os dois CIRVER - Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Elimi nação de Resíduos Perigosos que serão construídos na Chamusca serão também outro dos destinos a dar a este passivo e aos resíduos industriais perigosos produzidos diariamente em Portugal.

Mas para que a construção destes dois centros avance falta publicar em Diário da República um diploma já aprovado há dois meses em Conselho de Ministros, que altera o Plano de Desenvolvimento Municipal (PDM) da Chamusca e que, segu ndo disse à Lusa fonte do Ministério do Ambiente, aguarda apenas a promulgação d o Presidente da República.

Os resíduos perigosos depositados em Sines foram produzidos por indústrias da área, como refinarias ou estações de tratamento de águas residuais (ETAR) , ou enviados por empresas como a TAP que não tinham outro destino a dar ao lixo perigoso usado nos aviões. «Para tratar aquelas 160 mil toneladas depositadas em Sines as Águas de Santo André estimaram em 2004 ser necessário um investimento de 12 milhões de euros», afirmou à Lusa Luís Barracha do Instituto de Resíduos.

No Seixal, onde funcionou a antiga Siderurgia Nacional, está depositado o segundo maior passivo ambiental considerado perigoso ao ambiente e à saúde da s pessoas, calculado pelo Instituto de Resíduos em cerca de 70 mil toneladas.

Naquela zona estão cerca de 6,2 milhões toneladas de passivo ambiental, dos quais 70 mil toneladas de resíduos perigosos, sendo necessário cerca de 60 milhões de euros para fazer a requalificação, incluindo a remoção dos pós de des poeiramento da Maia e a comparticipação da Urbindústria no projecto de aterro de resíduos industriais no Seixal.

Entre as acções previstas está a descontaminação das áreas afectadas pela antiga Siderurgia, a definição de medidas mitigadoras do impacte da indústria pesada instalada e a instalar, a recuperação e qualificação ambiental deste território, em particular das margens do Coina e da Lagoa da Palmeira.

Da Lagoa da Palmeira já foram retiradas 500 toneladas de hidrocarboneto se, segundo um estudo preliminar, vai ser necessário descontaminar cerca de 6.7 00 metros cúbicos de solo. No parque industrial do Barreiro da Quimigal estão, segundo valores do Instituto de Resíduos de 2003, cerca de mais de 52 mil toneladas de lixo perigoso, lamas provenientes de metalurgias do zinco.

«Poderá ainda haver algum remanescente de resíduos perigosos no solo qu e terá de ser descontaminado. Mas, em termos gerais, não há ainda um plano de actuação para este passivo detido pela Quimiparque», adiantou Luís Barracha. Existem vários cenários de tratamento para os resíduos perigosos do Barreiro, adiantou, todos entre os 50 milhões e os 100 milhões de euros de investimento, dependendo do tipo de tratamento.

Os resíduos perigosos depositados em Alcanena, na ordem de 50 mil toneladas, forma produzidos por cerca de 100 indústrias de tratamento de curtumes que laboraram na zona. Subsistem cerca de 50 mil toneladas de lamas não inertizadas e que estão numa lago, à espera de serem tratadas», adiantou.

O investimento estimado para tratar aqueles resíduos ascende a cerca de três milhões de euros. Em Estarreja existiu durante décadas um passivo de lamas de mercúrio - calculado em 303 mil metros cúbicos - que foram inertizadas e depositadas num at erro, um projecto promovido pela ERASE - Empresa de Regeneração de Águas e Solos de Estarreja regeneração.

«Esta empresa está agora a estudar a viabilidade de limpar as ribeiras onde desaguaram os efluentes líquidos. Vão fazer um estudo de impacto ambiental», adiantou Luís Barracha. Além destes resíduos, existem ainda mais de 70 minas uraníferas abandon adas, espalhadas por Portugal, de norte a sul, onde estão depositadas cerca de quatro milhões de toneladas de resíduos com elevados níveis de radioactividade gerados ao longo de várias décadas.

A EXMIN - Companhia de Indústria e Serviços Mineiros Ambientais, encarregue de proceder à requalificação das minas, estima serem necessários 70 milhões de euros de investimento para a requalificação das minas. Segundo um levantamento do Instituto Geológico e Mineiro, os casos mais preocupantes localizam-se nas antigas minas da Bica, no distrito da Guarda, Quinta do Bispo, Cunha Baixa e Urgeiriça do concelho de Nelas.
(Lusa/SOL, 27/02/2007)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=23939

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -