Ao anunciar a compra da holding australiana de exploração de carvão mineral AMCI por US$ 650 milhões, o diretor de Planejamento e Gestão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Gabriel Stoliar, minimizou os impactos ambientais causados pela queima do carvão no aquecimento global e disse que o desenvolvimento não pode ser prejudicado pelas questões ambientais.
A queima de carvão é considerada uma das maiores fontes poluentes da atmosfera e seu uso é extremamente condenado por ambientalistas. " A questão da proteção ambiental não pode impedir o desenvolvimento " , afirmou Stoliar. Ele fez questão de dizer que a Vale é líder no quesito responsabilidade para o desenvolvimento sustentável.
" Tudo que puder ser feito para evitar os efeitos danosos ao meio ambiente, será feito. Mas para produzir aço, é preciso molécula de ferro de carvão e hoje a forma mais eficiente de consegui-la é queimando carvão mineral " , explicou.
Stoliar argumentou ainda que a Vale estuda alternativas ao carvão, mas não que pode simplesmente " abandoná-lo " .
(Por Ana Paula Grabois,
Valor Online, 26/02/2007)