Um navio venezuelano chegou na sexta-feira (23/02) ao porto de Esmeraldas, na costa equatoriana, sendo recebido em um ato oficial que marcou o início do intercâmbio de petróleo equatoriano por derivados venezuelanos. O ato reuniu o presidente Rafael Correa, vários funcionários de seu gabinete e o ministro de Energia da Venezuela, Rafael Ramírez.
Também participaram do evento representantes das empresas petrolíferas estatais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela. Eles haviam se reunido na quinta-feira (22/02) com Correa para analisar a construção, mediante uma aliança estatal, de uma refinaria que processe cerca de 300 mil barris de petróleo diários, com um investimento de US$ 4 milhões.
O processo de integração foi iniciado em 16 de janeiro, através de um convênio firmado entre Correa e seu colega venezuelano, Hugo Chávez. O objetivo deste acordo é "estreitar os laços de amizade" entre ambos os países e "iniciar um processo amplo e sustentável de integração e cooperação com o setor energético, afim de desenvolver as áreas de petróleo, gás, eletricidade e petroquímica".
O convênio também tem como eixo a contribuição para a "consolidação de iniciativas de desenvolvimento regional", como a Petroamérica, a Petroandina e a Petrosur, novas instâncias de coordenação de políticas energéticas da região.
O embarque de sexta-feira (23/02) foi o primeiro de um total de três, em que serão levados 230 mil barris de diesel, como estipula o convênio entre as empresas estatais Petroequador e PDVSA, da Venezuela. As duas cargas seguintes, estabelecidas em um contrato de intercâmbio, chegarão ao país nos dias 15 e 24 de março, informou a petrolífera equatoriana. Esta empresa estatal receberá 660 mil barris de diesel em troca de três embarques de petróleo e óleo, que sairá do porto de Esmeralda até as refinarias da PDVSA.
O Equador, que exporta cerca de 530 mil barris de óleo e petróleo bruto por dia, importa cerca de 20 milhões de barris de derivados, e gasta com isso US$ 1,75 bilhões de dólares, segundo o orçamento de 2006. O diesel será utilizado pelos veículos de carga pesada e para geração de energia elétrica.
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Adital, com informações da Ansalatina, 23/02/2007)