Greenpeace pede fim da destruição de floresta no Congo
2007-02-26
A organização ambientalista Greenpeace denunciou a derrubada ilegal de árvores na selva congolesa e reivindicou às autoridades da República Democrática do Congo (RDC) e ao Banco Mundial que trabalhem para frear a destruição da segunda floresta mais extensa do mundo, atrás da Amazônica.
O Banco Mundial e diversas ONGs se reunirão na segunda e terça-feira (26 e 27/2), em Bruxelas, para realizar uma conferência sobre gestão a longo prazo das florestas da RDC.
O Greenpeace denunciou, em comunicado, o descumprimento por parte das empresas madeireiras, da proibição da derrubada de árvores na floresta congolesa, introduzida pelas autoridades da ex-colônia belga em 2002.
Segundo o Greenpeace, estão sendo destruídos 294 mil hectares de floresta numa única província, na região congolesa de Lago Tumba.
A derrubada de árvores ameaça a existência tanto das numerosas comunidades de pigmeus e bantus, como de diversas espécies animais que habitam a área, especialmente elefantes, assim como de madeiras cotadas a alto preço no mercado europeu, para onde são exportadas.
O coordenador de uma ONG congolesa contra a destruição do meio ambiente, Matthieu Yela, denunciou que "as empresas madeireiras prometem construir colégios e hospitais, mas só buscam lucro a curto prazo e no final abandonam o lugar devastado, os colégios sem-teto, e os centros médicos sem remédios".
(EFE/Estadão, 23/02/2007)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/fev/23/211.htm