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2007-02-26
Para os que lutam contra a desertificação, a tarefa em Níger pode parecer, em princípio, desalentadora. Porém, estão em marcha cada vez mais iniciativas para deter esse fenômeno. O deserto de Ténéré, parte do Saara, inclui o nordeste do país, cerca de 350 mil dos 1,267 milhão de quilômetros quadrados de todo o território. No total, três quartos da terra em Níger são deserto, que está avançando ao ritmo de 6% ao ano, segundo o Ministério de Meio Ambiente. As chuvas são escassas. O terceiro informe nacional sobre biodiversidade indicou em outubro de 2005 que as maiores quantidades de água coletadas por ano eram inferiores a 800 milímetros. As temperaturas, às vezes, podem chegar a 45 graus centígrados à sombra em plena temporada de seca.

Entretanto, esses fatores não desanimam Níger a embarcar em uma variedade de projetos para manter as rédeas da degradação da terra, algo urgente pelo fato de 85% de seus 12,5 milhões de habitantes dependerem da agricultura e da pecuária. De fato, a situação de muitos já é grave. Esse país da África ocidental ocupou o último lugar na lista de 177 nações segundo seu nível de desenvolvimento humano elaborada no ano passado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Os esforços para deter o deserto estão concentrados no Plano Nacional de Ação para a Luta contra a Desertificação e a Administração dos Recursos Naturais, criado pelo governo para funcionar de acordo com a Convenção das Nações Unidas para o Combate da Desertificação (UNCCD). Niamey assinou esse convênio em 1994 e o ratificou em 1996. O plano nacional foi adotado em dezembro de 2000. As iniciativas anteriores e atuais contra a desertificação também são parte de uma ampla campanha para a redução da pobreza. Entre estas destaca-se um projeto para estudar as causas e os efeitos das tempestades do deserto, bem como as ações a serem adotadas para minimizá-las.

Além disso, há a Iniciativa Africana pela Terra e a Água, cujo projeto-piloto entre 2004 e 2005 foi financiado com US$ 515 mil do Banco Mundial. Por outro lado, o Projeto para a Administração de Florestas Naturais foi financiado com cerca de US$ 15,6 milhões do Banco Africano para o Desenvolvimento e a UNCCD entre 2000 e 2005. A Itália forneceu recursos entre 2002 e 2004 para apoiar o plano nacional, enquanto o Pnud outorgou US$ 450 mil para outra iniciativa contra a pobreza.

Um plano governamental para estimular a participação dos jovens na luta contra a pobreza, entre 2001 e 2004, recebeu US$ 70 milhões graças à iniciativa para Países Pobres Altamente Endividados (HIPC, sigla em inglês), lançada em 1996 pelo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. Ainda está em marcha, financiado com US$ 4 milhões do Pnud, o Programa de Luta contra a Pobreza. o Programa de Ação Comunitária, também destinado a ajudar a população pobre, recebeu US$ 39 milhões para o período 2004-2008 do Banco Mundial e da Facilidade Ambiental Global, criada em 1991 para apoiar programas ambientais no Sul em desenvolvimento.

O Programa Nacional de Reflorestamento, por sua vez, recebeu US$ 365 mil da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. “A desertificação já não é algo fatal em Níger. É um fenômeno que pode ser manejado, e que implica a participação de comunidades locais que se comprometam na recuperação das áreas degradadas”, afirmou o engenheiro florestal Larwanou Mahamane. Chris Reij, especialista em recursos naturais da Universidade de Amsterdã, têm a mesma opinião. “Todos pensam que as árvores desaparecem em Níger, que o ambiente degrada continuamente. Porém, notamos em nossas expedições dos últimos 10, ou, talvez, 20 anos que há mais árvores do que pessoas nesse país”, afirmou.
(Por Michée Boko, IPS/Envolverde, 23/02/2007)
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=28233&edt=1

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