Projeto alternativo é "complementar" à integração do São Francisco, diz ministro
2007-02-23
O ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, defendeu o projeto de integração do rio São Francisco afirmando que ele não é incompatível com o projeto alternativo apresentado ontem (22/2) pelo bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio. O bispo protocolou no Palácio do Planalto um projeto alternativo para amenizar a falta de água no semi-árido nordestino sem mudar o rumo da bacia do rio. Entre as medidas, estão a revitalização do rio e a construção de cisternas.
Brito afirma que o governo federal já tem um projeto para construção de um milhão de cisternas no semi-árido. "Eles (os projetos) não são concorrentes, ao contrário, são complementares. O projeto de cisternas é para atender as populações difusas, que estão espalhadas no sertão. Outra coisa é o projeto de integração do rio São Francisco, que tem o objetivo muito claro de segurança hídrica para as pequenas, médias e grandes cidades".
O ministro disse que o governo está sempre aberto para dialogar e para receber propostas de mudanças ao projeto. No entanto, ele criticou as tentativas de atrasar o inicio da integração. "O processo de debate é permanente. Nunca parou, nem vai parar. O que nós não podemos é ficar adiando indefinidamente o inicio de um projeto que é uma demanda do país desde a época do Império e que nós conseguimos incorporar mudanças profundas ao projeto".
Pedro Brito ressaltou ainda que projeto de integração do São Francisco, vai atender, até 2025, 12,5 milhões de habitantes que vivem no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Paraíba. Ele disse também que o projeto atual é mais "pé no chão". Segundo ele, "é um projeto absolutamente realista, seja frente à realidade fiscal do país, seja frente às necessidades do quatro estados do nordeste sentetrional, seja em relação à capacidade da bacia do rio São Francisco"
O ministro da Integração disse estar "absolutamente convencido da qualidade técnica e da excelência do projeto", inclusive no que diz respeito à questão ambiental. "O projeto tem merecido estudo de todas as equipes ambientais do país e de fora do país. Todas as medidas mitigadoras de risco estão sendo tomadas. Nós temos convicção de que esse projeto do ponto de vista ambiental é um dos mais seguros do mundo", explicou.
(Por Érica Santana, Agência Brasil, 22/02/2007)
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