Estado reduz consumo em 0,5% no horário de verão
2007-02-23
O Rio Grande do Sul deve reduzir em 4,2% a demanda (pico de consumo de energia em um instante) e em 0,5% o consumo (registro do quanto de energia foi utilizada durante um período mais longo) de energia com o horário de verão que termina à meia-noite deste sábado, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora nos 11 estados das regiões Sudeste (SP, MG, RJ e ES), Sul (RS, SC e PR) e Centro-Oeste (MS, MT, GO e DF). A medida vigora desde o dia 5 de novembro de 2006.
O presidente do Grupo CEEE, Edison Zart, informa que a redução do consumo equivale à energia utilizada por uma cidade do porte de Capão da Canoa durante um ano. Na área de concessão do Grupo CEEE a redução de demanda deve ficar entre 3% a 4% e o consumo em 0,5%.
A Rio Grande Energia (RGE) verificou em sua região de cobertura, 254 municípios das regiões Norte e Nordeste do Estado, uma redução na demanda de 4,7%, equivalente a 64 MW. No caso do consumo de energia houve uma diminuição de 0,27%. Esse percentual corresponde, em média, ao consumo de dez dias da cidade de Passo Fundo.
A redução real de consumo na área de concessão da AES Sul foi de 0,35%, equivalente ao consumo residencial de uma cidade de 30 mil habitantes, como, por exemplo, Quaraí, na Fronteira Oeste; São Sepé, na Região Central; Candelária, no Vale do Rio Jacuí; ou Dois Irmãos e Portão, na Região Metropolitana.
Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, essa redução média de aproximadamente 4% no consumo de energia equivale a cerca de 2 mil megawatts que deixaram de ser demandados no horário de pico, montante de energia que corresponde a cerca de três vezes o consumo do horário de ponta de Belo Horizonte.
Chipp ressaltou que a redução média de 4% do consumo em todas as regiões em que o Horário de Verão foi implementado ficou ligeiramente abaixo da diminuição de quase 5% do consumo verificada no ano passado. Isso aconteceu, segundo ele, porque o verão deste ano foi mais chuvoso. "Quando chove, as pessoas deixam de praticar esportes ou de ir a happy-hours após o trabalho e vão para casa direto, onde ligam seus aparelhos eletrodomésticos e gastam energia", disse.
A redução do consumo faz com que o País precise usar menos energia de usinas termelétricas para suprir a demanda do horário de pico. Segundo ele, neste ano, a mudança no horário fez com que os consumidores das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste deixassem de gastar cerca de R$ 50 milhões com a compra de energia gerada por térmicas.
(Jornal do Comércio, 23/02/2007)
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