Petrobras deve confirmar até maio usina de biodiesel no Rio Grande do Sul
2007-02-22
A Petrobras deve anunciar até o final de maio a instalação de uma planta de biodiesel em Palmeira das Missões. A confirmação do investimento representa a evolução do Memorando de Entendimento para projeto de implantação de unidade de produção de biodiesel que a estatal firmou em outubro com a Cooperativa Mista de Produção, Industrialização e Comercialização de Biocombustíveis do Brasil (Cooperbio).
O potencial da agroenergia no Rio Grande do Sul, como valor econômico e indutor social, tem despertado o interesse de estatais federais como Petrobras, Eletrosul e Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE). Além dessas empresas estão envolvidos com os biocombustpiveis o Programa Luz para Todos, Movimentos dos Pequenos Agricultores (MPA) e prefeituras de todo País.
Além do acordo firmado com a Cooperbio, a Petrobras estabeleceu uma parceria semelhante, na região de Bagé, com a Cooperativa de Biocombustíveis da Região do Pampa Gaúcho (Biopampa) e o Frigorífico Mercosul. O investimento em cada um dos projetos de biodiesel no Estado é estimado em aproximadamente R$ 100 milhões cada planta poderá produzir 100 mil toneladas por ano de biodiesel. A Petrobras Distribuidora participa como principal compradora do produto a preço de mercado.
O empreendimento da Cooperbio encontra-se em um estágio mais avançado do que o da Biopampa. O coordenador estadual no Rio Grande do Sul do Programa Luz Para Todos, João Ramis, explica que o projeto está mais adiantado pois tem uma produção grande de oleagianosas, principalmente de soja, que serão matérias-primas do combustível. Na região de Bagé, a produção de oleagianosas é menor. Ramis informa que, quanto ao projeto envolvendo a Biopampa, foi constatado que não há oferta de matéria-prima, no momento, para atender a uma usina do tramanho projetado pela Petrobras. Isso não significa que o projeto envolvendo a Biopampa será cancelado, mas ele deverá ser reavaliado e talvez redimensionado.
Quantoà iniciativa da Cooperbio, Ramis diz que a Petrobras considera que a questão logística é extremamente importante para o sucesso da idéia. O presidente da Cooperbio, Romário Rossetto, negociacom a concessionária ferroviária ALL uma alternativa para o escoamento do biodeisel. A estimativa é de que cerca de 60 municípios da região Noroeste estarão envolvidos com o projeto de produção de biodiesel da cooperativa.
(Jornal do Comércio, 19 e 20/02/2007)
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