O procedimento é padrão nos canis municipais. Se em um prazo determinado o cão recolhido não for procurado pelo dono, o animal poderá ser adotado, depois de receber tratamento veterinário.
O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal centraliza a mobilização das ONGs no país, divulgando abaixo-assinados contrários à eutanásia e estimulando ações organizadas. Depois de cinco anos em funcionamento, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Santa Vitória do Palmar foi impedido pela Justiça de continuar com o sacrifício de cães. Desde então os animais que não conseguem a adoção voltam às ruas, esterilizados.
- Eles não vão se reproduzir, mas a transmissão de doenças continuará - diz Juarez Barenho Lima, diretor do Departamento de Vigilância Sanitária do município.
O CCZ de Santa Vitória firmou parceria com a ONG para que todos os animais sejam doados. Já em Cachoeira do Sul, o CCZ recolhe e recebe animais errantes e faz o tratamento veterinário, sem esterilizá-los. Se nenhum morador reclamar a posse ou adotar o animal, ele pode ser usado em pesquisas da Universidade Federal de Santa Maria ou sacrificado.
Para Rejane Merlin, da Associação Duas Mãos Quatro Patas, a castração é a saída. Mas na própria ONG, em média, os pedidos de recolhimento de cães são 10 vezes maiores do que os de adoção:
- Sou contra a eutanásia de animais saudáveis. Mas o que fazer com o excedente populacional?
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ClicRBS, 18/02/2007)