Gravataí está sem aterro sanitário
2007-02-19
Com a vigência da lei que proíbe a construção de novo aterro sanitário na região de Santa Tecla e Costa do Pinheiro, em Gravataí, a prefeitura estima que terá prejuízo de cerca de R$ 3 milhões ao ano. No local, são depositadas 72 toneladas de resíduos de Cachoeirinha, Esteio e Gravataí. O aterro sanitário do município de Minas do Leão, a mais de 100 quilômetros de distância, é uma das alternativas apontadas para o destino do lixo das três cidades.
O prefeito Sérgio Stasinski tentou impedir a medida, vetando o projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal em dezembro. Porém, a comunidade que mora perto do local, e a maioria dos vereadores, comemoraram a derrubada do veto, quinta-feira (15/02) última. O argumento dos parlamentares é de que a região está em uma zona definida pelo Plano Ambiental como Patamares da Serra Geral, de rica biodiversidade.
Sexta-feira (16/02), o presidente da Câmara, Acimar Antônio da Silva, entregou o texto da lei ao Ministério Público, que encerrou a investigação. "Não existe mais o risco de instalação de empreendimentos de alto potencial poluidor. A região abriga a Mata Atlântica, com flora riquíssima e diversificada fauna", ressaltou o promotor Daniel Martini.
Em contrapartida, o secretário de Serviços Urbanos de Gravataí, Paulo Bones, argumentou que a proibição afetará o valor dos tributos para os moradores das três cidades. "A taxa do lixo aumentará, pois teremos que achar aterro sanitário fora dos municípios", disse. Além disso, Bones apontou que, ao deixar de ampliar o aterro, o custo do tratamento dos resíduos terá significativa elevação.
(Correio do Povo, 18/02/2007)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp