Consema habilita mais três municípios ao licenciamento ambiental
2007-02-16
Na primeira reunião do ano, realizada nesta quinta-feira (15/02), o plenário do Consema
autorizou os municípios de Gravataí, Ronda Alta e Vista Alegre a licenciarem empreendimentos
com impacto local, ampliando para 154 municípios no Estado habilitados a proceder a gestão
ambiental com impacto local.
Também foi aprovado o envio de duas propostas para análises pelas comissões técnicas do
conselho, a criação de comissão técnica para licenciamento e a permissão para os municípios
com área urbana consolidada se utilizarem do sistema misto na rede de saneamento para esgoto
sanitário.
A 93ª reunião do Consema caracterizou-se pela presença da secretária do Meio Ambiente
(Sema), Vera Callegaro, que apresentou toda sua equipe de trabalho, enfatizando que deverá
participar de todas as reuniões, devido a importância do Conselho na normatização da
política pública de meio ambiente. Também esteve presente o diretor-presidente da Fepam, que
ressaltou a integração entre a Sema/Fepam.
A titular da Sema expôs uma das metas de sua gestão, que é a implantação do plano de
fiscalização e monitoramento articulado na bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, a qual será
posteriormente estendida para a do Rio Gravataí e a todo o sistema hídrico do
Estado.
Também foi manifestado o desejo de sistematizar as ações do Conselho de Recursos Hídricos
com as do Consema. Vera Callegaro salientou ainda que o governo do Estado está trabalhando
na integração entre o Sistema Estadual de Proteção Ambiental (Sisepra) e o Sistema
Estadual de Recursos Hídricos.
Gravataí
Depois de amplo debate, o processo n.o. 106-05.00/06-7, que tramitava
há um ano no Conselho, foi acolhido pela maioria do plenário.
Foram 12 votos favoráveisveis e cinco contrários. A polÊmica que
retardou a votação girou em torno de parecer emitido pela
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan),
que na reunião de dezembro último havia solicitado vistas à
matéria.
A proposta defendida por Gravataí recebeu algumas ressalvas e um
prazo de 180 dias para adequações, que no entendimento do presidente
do Consema não seriam suficientes para impedir a habilitação
desde agora, para o município receber a autonomia quanto ao
licenciamento ambiental. As principais discussões giraram em torno do =
Plano Ambiental de Gravataí, aprovado em dezembro de 2005 pelo
Conselho Municipal do Meio Ambiente após trabalho elaborado pelo Museu
de Ciências e Tecnologia da PUC.
A conselheira Edi Xavier Fonseca, defendendo a Agapan no Conselho,
solicitou a retirada de pauta do processo que buscava a autonomia no
licenciamento ambiental por existir equívocos em sua elaboração.
No entender do presidente da Câmara Técnica de Gestão
Compartilhada, Niro Afonso Pieper, as questões foram pontuais e não
havia motivo para um reexame da documentaçãoo apresentada por
Gravataí no processo. Com essa manifestaçãoo, se colocou
contráriorio ao parecer da entidade ambientalista.
O geólogo Sérgio Cardoso, vice-presidente do Comitê de Recursos
Hídricos, e ex-diretor técnico da Fundação Municipal de Meio
Ambiente, lembrou que o processo ficou um ano em apreciação. "Se
algum ajuste precisa ser promovido isso será feito sem prejuízo para
os novos encargos que o município está disposto a assumir há
vários anos", frisou.
O diretor-presidente substituto da Fundação de Meio
Ambiente de Gravtaí, Márcio Becker, que acompanhou a reunião juntamente
com o secretário de Serviços Urbanos, Paulo Bones, destacou que a
votação foi democrática e que representou, acima de tudo, a
confiança depositada em Gravataí pela ampla maioria dos
conselheiros. Para o presidente do Conselho Municipal do
Meio Ambiente, João Carlos Jesus, "o esforço da comunidade foi
reconhecido nessa votação".
(Com informações das assessorias de imprensa da Fepam e prefeitura de Gravataí,
15/02/2007)
www.fepam.rs.gov.br e www.gravatai.rs.gov.br/