O deputado Fernando Gabeira (PT-RJ) propôs a formação de uma comissão externa para verificar a área. Segundo o deputado, a partir da visita seria possível tentar viabilizar projetos técnicos de mapeamento da escória e dos locais mais perigosos, visando à retirada do material de espaços públicos. Esses projetos abrangeriam áreas urbanas, água, solo e monitoramento dos contaminados. Gabeira sugeriu a formação de uma espécie de Conselho de Descontaminação para mediar esses projetos e acompanhar sua execução. O prefeito de Santo Amaro, Genebaldo Correia, admitiu a gravidade da situação. - É um dos problemas de poluição mais graves do País, cuja solução escapa à capacidade financeira e técnica do município, afirmou ele, que propôs à presidência da Comissão que formule uma indicação ao ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, para que seja efetuado um convênio entre o Ministério e a Ufba a fim de assegurar recursos para solucionar o problema. - Temos um grave problema: como e aonde destinar as montanhas inteiras de escória de resíduo de chumbo?, indagou Correia, para quem o apoio da União é decisivo. - A contaminação invadiu a cidade por inteiro. Vamos conviver com a escória de chumbo e de cádmio por gerações e gerações, previu a professora e ambientalista Virgínia Lopes, que citou uma pesquisa da USP segundo a qual o nível de contaminação é 29 vezes maior do que o tolerado pela Organização Mundial de Saúde.