As duas reuniões realizadas até agora entre prefeitos da região da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) obtiveram os resultados esperados. A opinião é do diretor técnico da Fepam, Jackson Müller. Ele destacou que nos encontros foram definidas ações prioritárias de preservação do rio, como a retirada do lixo acumulado, a fiscalização as atividades poluidoras e a contenção da erosão. Dia 2 de março, técnicos da Fepam e representantes dos municípios envolvidos percorrerão o trajeto do Sinos, de Taquara até Canoas. Já no dia 9 de março, haverá um seminário sobre a gestão de recursos hídricos no Rio Grande do Sul, com enfoque para as bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí.

'Estamos conhecendo as estruturas dos municípios nos principais detalhes. Isso permitirá que sejam definidas não só as ações imediatas quanto as de médio e longo prazo', afirmou. Jackson salientou que a bacia foi dividida em cinco microrregiões, que abrangem uma população estimada em 1,2 milhão de pessoas. As reuniões aconteceram entre representantes do trecho definido entre os municípios de Igrejinha e Canela e na região compreendida entre as cidades de Novo Hamburgo, Portão e Campo Bom. O diretor da Fepam observou que nas reuniões também é discutido o plano de saneamento de cada município, que será elaborado conforme portaria emitida pela Fepam em outubro.

O equipamento que injetava oxigênio no Sinos, instalado na localidade de Pesqueiro, em Sapucaia do Sul, foi retirado em janeiro. O procedimento foi útil na manutenção dos níveis de oxigênio para impedir nova mortandade de peixes. 'A piracema de 2006 foi muito forte. Em um trecho de 15 km, registramos 65 cardumes por dia. Por isso, adotamos essa medida, para garantir os níveis mínimos de oxigênio', explicou.

Para Müller, o problema da vazão do rio deve diminuir a partir de agora. Segundo ele, o período mais crítico ocorreu entre outubro passado e janeiro e que a vazão do Sinos chegou a níveis muito baixos. Ontem, na Estação Fluviométrica de Campo Bom, o nível atingiu 18 m³ por segundo (m³/s), abaixo do ideal. 'Para melhorar a vazão, é necessário que ocorram chuvas na nascente do rio', ressaltou o diretor da Fepam.
(Correio do Povo, 15/02/2007)
http://www.correiodopovo.com.br/jornal/A112/N138/html/06DEFINI.htm