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cvrd
2007-02-14
Representantes de várias organizações vão discutir hoje (14/2), às 14 horas, o que fazer para enfrentar a criação de um novo pólo poluidor equivalente ao de Tubarão, em Ubu, na divisa de Anchieta e Guarapari, no Espírito Santo. O pólo está sendo criado pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Na reunião poderá ser criada uma organização que represente a comunidade nesta luta.

Segundo informou Bruno Fernandes da Silva, presidente do Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama) de Anchieta, a reunião será na Pousadoca. É a primeira de uma série, onde o problema da poluição do ar e dos recursos hídricos da região será discutido coletivamente.

O ambientalista Bruno Fernandes da Silva aponta os danos já produzidos pela Samarco, empresa onde a Vale é acionista com 50% em duas usinas em funcionamento. A região é degradada pela emissão de particulados de minério, que afetam a lagoa Mãe-Bá e o litoral, e por gases, que atingem indistintamente a área.

Há, ainda, prejuízos econômicos que afetam as áreas de pesca e turismo. No interior há intensa migração para Anchieta e Guarapari. Em relação à segurança, houve crescimento da violência na região com a construção da 3ª usina da Samarco.

Para a reunião desta quarta-feira foram convidados representantes dos setores de pesca, do turismo, sindicatos de trabalhadores rurais, além de ambientalistas.

Estará em pauta a expansão do projeto da CVRD, associada a outras poluidoras, como a Companhia Siderúrgica de Tubarão (empresa da Arcelor - Mittal).

Sobre a região sul do Estado pairam ainda outras ameaças. A CVRD aumentará ainda mais a poluição no sul do Estado, criando um pólo siderúrgico. Além das três usinas de pelotização (na Samarco), construirá mais quatro unidades deste tipo em Ubu. Construirá também uma siderúrgica em parceria com a CST - Mittal.

Também estão reservados para a região sul outros projetos poluidores como um porto da Petrobras, que será construído em Ubu. O governo do Estado quer ainda para a região um pólo petroquímico, incluindo uma refinaria de petróleo, que será atendido por uma ferrovia, ligando a Grande Vitória a Cachoeiro de Itapemirim.

Em 2003, a Samarco foi multada em R$ 3 milhões, em dois autos de infração. A multa foi convertida em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Os ambientalistas afirmam que o Iema favoreceu a Samarco ao não aplicar multa sobre a poluição denunciada ao órgão no ano passado. Um nova denúncia foi feita em 2007.

Os ambientalistas afirmam que há omissão tanto do Iema quanto da prefeitura de Anchieta em apurar a poluição produzida pela Samarco e em punir a empresa.

CVRD e CST são as maiores poluidoras do ar na GV
As usinas da Companhia Vale do Rio Doce em Tubarão começaram a ser instaladas no final da década de 60. Formam atualmente um complexo com sete usinas de pelotização, com capacidade de produção de 27 milhões de toneladas de pelotas/ano.

Apesar do gigantismo do projeto e dos danos à comunidade capixaba, a CVRD está em processo de licenciamento da oitava usina, com capacidade para produzir 7 milhões de toneladas/ano. Além disso, prevê a otimização da produção das atuais usinas, elevando a produção para 39,5 milhões de toneladas de pelotas de ferro por ano em Tubarão.

A CVRD é parceira de outras duas transnacionais, a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e a Belgo, ambas da Arcelor-Mittal, na poluição da Grande Vitória.

Tais siderúrgicas lançam cerca de 264 toneladas de poluentes na atmosfera diariamente, ou 96.360 toneladas anuais sobre a Grande Vitória. Entre os 59 poluentes atmosféricos, 28 são altamente nocivos à saúde, destacando-se micropartículas de ferro e derivados de enxofre. Estes últimos, em contato com a água, produzem ácido sulfúrico.

O Instituto de Física da Universidade Federal do Espírito Santo em estudo aponta a origem dos poluentes: 50% da poluição do ar na Grande Vitória têm origem nas siderúrgicas implantadas na região. A CVRD responde por 20 a 25% desses poluentes; a CST, por 15 a 20%, e a Belgo, por 5 a 8% de responsabilidade pelos danos à saúde dos capixabas da Grande Vitória.

Dados divulgados pela Acapema apontam que cada morador da Grande Vitória gasta, em média, R$ 100,00 por ano para tratar de doenças provocadas pela CVRD, CST e Belgo. No total, os capixabas da Grande Vitória já gastaram de R$ 3,7 bilhões a R$ 4,4 bilhões para tratamento de saúde nas últimas décadas.

Não só a CVRD quer aumentar a produção. A CST já está construindo sua 3ª usina, que aumentará a sua atual produção de 5 milhões de toneladas anuais, para 7,5 milhões de toneladas por ano de placas e bobinas de aço. E, não satisfeita, quer produzir ainda mais na região. A empresa jamais cumpriu a determinação de construir uma usina de dessulfuração para suas duas primeiras usinas.

Também a Belgo, aumentou sua produção para 600 mil toneladas anuais, praticamente dobrando a produção.

A CVRD foi enxugada e praticamente doada à iniciativa privada, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi vendida em 1997 por US$ 3,338 bilhões, o que é considerado uma traição aos brasileiros.

Em seu site, a CVRD informa que em dezembro de 2005 os investidores estrangeiros tinham 61,8% do Capital Preferencial da empresa; os investidores privados brasileiros 34,4%; e, o governo federal 3,8% do seu Capital Preferencial, dos quais 3,7% do Tesouro Nacional, e 0,1%, do BNDESPar.
(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário - ES, 13/02/2007)
http://www.seculodiario.com.br/arquivo/2007/fevereiro/13/noticiario/meio_ambiente/13_02_09.asp

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