Blair e Merkel convocam conferência sobre aquecimento
2007-02-14
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, decidiram, durante uma reunião em Berlim, convocar uma conferência internacional sobre mudança climática, prévia à cúpula dos países do G8, que será realizada de 6 a 8 de junho, na Alemanha.
Merkel, cujo país exerce a Presidência do grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia (G8), explicou que nessa conferência - que ocorrerá em maio em local ainda não definido - serão analisadas questões técnicas ligadas à mudança climática, para que uma decisão política seja tomada durante a cúpula.
"O G8 é o fórum adequado para uma decisão política sobre um de nossos maiores desafios", disse Merkel, que lembrou que a cúpula também terá a participação de cinco países emergentes com responsabilidade crescente no aquecimento global da terra. Blair lembrou que o Protocolo de Kyoto expira em 2012. Por isso, disse: "Se queremos um acordo internacional posterior, que inclua os Estados Unidos e países como China e Índia, temos que começar a trabalhar já".
"A tarefa que temos pela frente é enorme. Precisamos de um conceito sobre estabilização, precisamos fixar objetivos e precisamos de transparência tecnológica", acrescentou.
Merkel se referiu à estratégia proposta pela Comissão Européia, que qualificou de "muito ambiciosa" e "acertada", mas lembrou que a União Européia (UE) é responsável por apenas 15% das emissões de dióxido de carbono (CO2). "O resto das emissões são produzidas por outros países, o que significa que o esforço da UE não será suficiente", ressaltou.
Em seu encontro na Chancelaria, que continuou com um jantar de trabalho, Merkel e Blair repassaram outros aspectos da agenda internacional e comunitária, com ênfase nas questões econômicas, de emprego e da energia. Em relação aos regulamentos, expressou seu apoio à proposta de reduzir os custos burocráticos em até 25%. Blair concordou que a redução "teria um efeito propício para o crescimento econômico e para o emprego, e faria a competitividade interior melhorar".
Na questão energética, que ambos relacionaram com a mudança climática, destacaram a importância de uma política comunitária que conjugue eficácia, economia, segurança na provisão, e ao mesmo tempo abra mais espaço para as energias renováveis".
(Efe, 14/02/2007)
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