Garimpeiros começam a desistir da Amazônia
2007-02-13
Pelo menos mil dos cerca de seis mil garimpeiros que exploravam ouro em Apuí (a 453 quilômetros de Manaus), às margens do rio Juma, nos últimos três meses, já abandonaram o local. Alguns, sem dinheiro para voltar para suas cidades de origem, pedem ajuda financeira para comprar passagens da prefeitura e de vereadores. "Agora perceberam que não dava para enriquecer, não tinha ouro para tanta gente e estamos tentando ajudar para esse pessoal voltar para suas cidades e não ficarem zanzando desempregados em Apuí", disse o prefeito Antonio Roque Longo. Hoje, segundo o prefeito, mais de 70% das pessoas que estão no local são moradores de Apuí e cidades vizinhas, como Novo Aripuanã.
Na última sexta-feira (9/2), a Cooperativa Extrativista Mineral Familiar do Juma (Cooperjuma) conseguiu o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e registro na Junta Comercial do Amazonas (Jucea), o primeiro passo para legalizar a área, explorada ilegalmente desde novembro do ano passado.
Segundo o superintendente no Amazonas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Fernando Burgos, hoje ele recebe os documentos dos garimpeiros e, no máximo até o fim desta semana, o garimpo receberá a Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) que deve legalizar a área.
(A Crítica - AM, 12/02/2007)
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