Desigualdade e meio ambiente serão os principais problemas da China em 2050
2007-02-12
A distribuição de renda desigual continuará sendo um grave problema na China em 43 anos, assim como o meio ambiente e a demografia, em razão do aumento da expectativa de vida, segundo um estudo realizado pela Academia Chinesa de Ciências Sociais e divulgado neste domingo (11/02) pelo jornal "China Daily".
O país mais povoado do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, terá cada vez mais problemas de fornecimento de energia. O Coeficiente Gini, que mede a distribuição de renda de um país, estará em 2050 entre 0,35 e 0,4, um nível similar ao atual (segundo dados do Banco Mundial, já que o governo chinês não tem um número oficial), que está no limite da explosão social.
O estudo, chamado "Esquema do Desenvolvimento Sustentável da China" e realizado por 184 acadêmicos, assinala também que a expectativa de vida chinesa alcançará os 85 anos em 2050, contra os 71,8 atuais. Atualmente, na China há 143 milhões de pessoas com mais de 60 anos, a metade da população idosa da Ásia. Em 2050, o país asiático contará com 400 milhões, 26,5% de sua população.
Outro indicativo do nível de desenvolvimento é a porcentagem da receita que as famílias dedicam à alimentação, o Coeficiente Engel. Na China, sempre segundo o estudo, a porcentagem estará abaixo dos 0,15 ponto, enquanto atualmente se situa em 0,37% nas zonas urbanas e em 0,45% nas rurais.
Quanto menos se dedica aos alimentos, mais desenvolvido é considerado um país. Outro sintoma de desenvolvimento, a escolarização, terá aumentado de uma média de 8,2 para 14 anos em 2050. Os analistas prevêem que o consumo energético por unidade de Produto Interno Bruto (PIB) terá reduzido entre 15 e 20 vezes em relação ao nível atual.
(EFE, 12/02/2007)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u104605.shtml