Canadá não participará de mercado de carbono
emissões de co2
2007-02-12
O Canadá não irá introduzir um imposto para o carbono, nem participará de um mercado de carbono estrangeiro, declarou o ministro do Meio Ambiente, John Baird, a um comitê parlamentar ao revisar medidas propostas para tornar o ar mais limpo.
“Nenhum imposto para o carbono” será implantado como parte do esforços canadenses para cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa, disse Baird. “Nós não temos interesse de participar de mercado de carbono estrangeiro”, acrescentou.
Sua antecessora, a ex-primeira-ministra Rona Ambrose, afastada em janeiro, disse que apoiaria um mercado de carbono canadense, que deveria ser lançado em breve em Montreal.
Um programa similar já foi implantado pela União Européia para controlar os gases emitidos principalmente pela queima de óleo, gás e carvão, que são perigosos para as mudanças climáticas. O mercado europeu força 11.500 empresas que são grandes usuárias de combustíveis fósseis a seguirem uma meta de emissão de CO2 ou pagarem multa.
Os que ficam abaixo da cota podem vender suas sobras no mercado de carbono para empresas que ultrapassaram o limite estipulado – incentivando assim que todos contribuam para um mundo mais limpo.
Mas Canadá se recusa a comprar créditos no mercado internacional de CO2. O primeiro-ministro Stephen Harper, no entanto, disse na semana passada que determinaria “metas executáveis” de pequeno, médio e longo prazo para cortar emissões, indicando, pela primeira vez, que o “aquecimento global é uma séria ameaça para a saúde e bem-estar dos canadenses”.
Ambrose estipulou uma taxa em outubro para reduzir as emissões de CO2 do Canadá entre 45% e 65% até 2050 com base nas emissões de 2003. Mas foi severamente criticada por permitir que as emissões continuassem a subir até 2020.
O Canadá assinou o Protocolo de Kyoto, pelo qual se comprometia a reduzir as emissões de CO2 em 6% abaixo dos níveis de 1990 até 2012, mas uma auditoria ambiental do governo de 2006 descobriu que as emissões haviam aumentado 26,6% desde então.
Semana passada, Harper ofereceu regular a poluição atmosférica das grandes indústrias canadenses, consertar a eficiência dos combustíveis dos veículos, estimular o uso do etanol e tornar carros com eficiência energética mais acessíveis. Também reiterou que apóia um “esforço global sério para lidar com as mudanças climáticas”, mas disse que isso deveria incluir os grandes poluidores como Estados Unidos e China.
(AFP, traduzido por Sabrina Domingos, CarbonoBrasil, 09/02/2007)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=17705&iTipo=7&idioma=1