Os impactos de desmatamentos e da construção de hidrelétricas na Bacia Amazônica terão destaque na elaboração do diagnóstico sócio-ambiental implementado por meio do projeto Avaliação Global de Águas Internacionais (Giwa). O projeto é uma ação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e está acontecendo em diversas regiões do globo. Especialistas que atuam na região pan-americana estão reunidos num workshop na ilha de Mosqueiro, no Pará, elaborando o diagnóstico. A Bacia Amazônica ganha destaque nas discussões do Giwa em nível mundial, concentrando o maior volume de água doce disponível no planeta. De acordo com o coordenador do Giwa na Sub-região Amazônia e pesquisador do Goeldi, Ronaldo Barthen, os estudos se concentrarão nos rios Amazonas, Tocantins e Guamá, além da Costa Atlântica até o rio Gurupi, a leste, e até o rio Araguari, ao norte. Numa análise prévia, os especialistas apontam os problemas dos desmatamentos gerados pelas atividades madeireira e agropecuária, além de construção de hidrelétricas como principais fatores de impacto social e ambiental sobre a qualidade das águas do sistema hidrográfico amazônico. Experiências passadas em outras localidades do mundo e estudos científicos apontam graves alterações ambientais trazidas pelos desmatamentos. (GM/PA-24/10)